Não perguntamos sobre valores amoedados, patrimônios como, casas, carros, fazendas, ações.
E como filhos, não nos referimos apenas aos gerados por nós ou adotados. Falamos de uma herança muito maior, de uma riqueza extraordinária que está sendo dilapidada, porque permitimos essa dilapidação.
Por exemplo: A natureza está sendo destruída com uma rapidez espantosa. O desmatamento da Amazônia e da Mata Atlântica tem sido feita num ritmo tão acelerado, que se não for freado, logo teremos enormes desertos, regiões áridas e semi-áridas.
Os mananciais de água estão sendo poluídos, e a falta de proteção das nascentes, assim como os gastos abusivos, especialmente nas grandes cidades, assim como a perda através das tubulações mau construídas e mau conservadas, aumentam a preocupação, e levam a pensar em racionamento.
Grande parte disto é causado pela deseducação. Estamos acostumados a pensar no agora, na vida atual, e agimos como se fôssemos passar por esses caminhos uma só vez.
É preciso pensar de forma “palingenésica”, ou seja, abrangendo o conjunto das reencarnações.
O mundo que vivemos é a herança que destinamos a nós mesmos, desde outras vidas. Nós o construímos assim, ou por omissão, permitimos a sua construção. Ou mudamos esse mundo, ou aqui voltaremos em futuras reencarnações, para suportar a soma das iniqüidades criadas e mantidas por nós.
É preciso educar para a vida. Para educar com sucesso, é necessário se auto-educar, pois, em questões morais , só o exemplo funciona a contento.
Não podemos nos calar ante a onda de pornografia e corrupção. Não podemos ficar indiferentes ante a acelerada destruição do meio ambiente. Mas, sobretudo, pagaremos muito caro à indiferença com que vemos o crescimento do egoísmo e da violência.
Que herança deixaremos para as futuras gerações se não colocamos anteparo à ganância pelo lucro, se emporcalhamos os rios com mercúrio e os mares com petróleo e esgotos?
Que herança deixaremos aos nossos filhos, se erotizamos nossas crianças e depois nos admiramos que pré-adolescentes engravidem?
Existe uma mensagem que já tem dois mil anos, que pode mudar o mundo, mas precisa ser uma experiência pessoal. Trata-se do Evangelho de um Rabi Nazareno, que apesar das adulterações, interpolações, fraudes, ainda tem o perfume e a luz que pode mudar o mundo.
Hoje temos um prisma especial para entender essa mensagem, o Espiritismo, foco de luz que ilumina as letras e poetiza a mensagem.
Fonte: Jornal Atualidades Espíritas – Junho/2001
Amílcar Del Chiaro Filho
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