segunda-feira, 21 de março de 2011

ESPIRITISMO E A DOR


"Não vale a pena sofrer, é preciso aproveitar o sofrimento".
Emmanuel
Kardec e o Espírito da Verdade esclareceram-nos.
Em primeiro lugar, temos o conceito de evolução e o estudo dos diversos tipos de mundos habitados, de onde advém o ensinamento de que nos encontramos num mundo de expiação e provas, isto é, num mundo onde o sofrimento é uma característica dos espíritos nele encarnados.

Nesse particular, entretanto, não é absolutamente correto, tomar o Espiritismo uma doutrina que vem pregar o sofrimento.
Para que possamos entender a posição da Doutrina, temos que vê-la em seu aspecto consolador, isto é, como doutrina que visa o sofrimento no interior de cada criatura, através do esclarecimento, o que ela representa, o que é, e suas causas. Parte ela, para isso, da premissa de que só usamos bem aquilo que conhecemos em seus conceitos de causa e efeito.

Como resultado dessa posição doutrinária, vemos o Espiritismo claramente diferenciado das outras religiões, com o novo conceito de resignação e consolação que ultrapassa ao campo intelectual e sentimental, indo até o campo do agir; É o que se nos depara no cap. V., n.° 13 de "O Evangelho Segundo o Espiritismo" onde se lê que "o homem pode minorar ou agravar as asperezas de sua luta, pela maneira com que encara a sua vida terrena".
Aí observamos que, embora o conceito de sofrimento não perca seu aspecto transcendental, o homem perde a passividade pregada por outras doutrinas.

E conclui no item 14 b do mesmo capítulo: "a calma e a resignação auferidas na maneira de encarar a vida terrena, bem assim a fé no futuro, conferem ao espírita essa serenidade que é o preservativo contra a loucura e o suicídio".

O "Livro dos Espíritos" não poderia ser mais explícito a esse respeito:

Questão nº 920:
- O homem pode gozar na terra uma felicidade completa?
Resposta dos Espíritos:
"Não, pois a vida lhe foi dada como prova ou expiação, mas dele depende abrandar seus males e ser tão feliz quanto se pode ser na terra".

Fonte: Revista Internacional de Espiritismo – Janeiro de 1976

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