quinta-feira, 11 de novembro de 2010

O MESMO CAMINHO

Deus é pleno de misericórdia para com Seus filhos.
A todos faculta incontáveis experiências, a fim de que se aperfeiçoem e se enriqueçam dos mais variados dons.
Entretanto, os homens, com frequência, dizem faltar em suas vidas elementos indispensáveis à felicidade.
Um reclama da ausência de uma companheira amorosa e digna.
Outro brada porque enfrenta problemas profissionais.
Há quem se ressinta da falta de saúde.
Um terceiro clama aos céus porque seus filhos são desequilibrados.
Parece haver um descompasso entre a amorosa e rica Providência do Pai Celeste e a carência experimentada por Seus filhos.
Contudo, a ordem universal não é feita de regalias e privilégios.
Os recursos são amorosamente distribuídos no intuito do progresso.
Quem os recebe fica na condição de depositário e precisa prestar contas do uso que deles faz.
Talentos não podem ser enterrados, a denotar preguiça de quem os recebe.
Com maior razão, não devem receber uso pervertido.
Todo Espírito é paulatinamente cumulado de dons, para que os utilize com dignidade.
O uso digno sempre implica o progresso próprio e alheio.
Quem se permite atitudes indignas ou levianas arca com as consequências.
Para aprender a valorizar o tesouro desperdiçado, experimenta a sua falta.
Assim, o homem que hoje se ressente da ausência de uma esposa digna não deve se imaginar vítima do acaso.
Talvez ainda ontem ele tenha sido o marido infiel de uma grande mulher.
Provavelmente, a alma enobrecida o perdoou e seguiu em frente.
Mas ele se vinculou a quem foi sua cúmplice no adultério.
Hoje sonha com uma figura digna de mulher, que não está mais presente.
O enfermo crônico lamenta a ausência de saúde.
Contudo, no passado pode ter desperdiçado a ventura de um organismo físico perfeito e vigoroso.
Pôs a perder a saúde em vícios e noitadas e agora tem a oportunidade de perceber o tesouro que é um corpo sadio.
O mau rico de ontem renasce hoje na miséria.
O político corrupto do pretérito experimenta agruras por falta de serviços públicos essenciais, na região pobre em que renasceu.
Não se trata de castigo, mas de justiça e responsabilidade.
Na rota evolutiva, o Espírito trilha várias vezes o mesmo caminho e o encontra conforme o haja deixado.
Ciente disso, cesse de reclamar pelas dificuldades de sua vida.
Lembre-se de que, hoje pode sofrer a ausência de algo importante que teve no passado e não valorizou.
Viva com dignidade o momento presente e trate de merecer o retorno do tesouro que jogou fora.
Cuide muito bem do caminho que agora trilha, para encontrá-lo florido na próxima jornada que empreender.

Redação do Momento Espírita.
Em 07.05.2010

Nenhum comentário: