segunda-feira, 29 de novembro de 2010

REFLETIR

AS APARÊNCIAS ENGANAM
Alguns companheiros conversavam furiosamente, em Pedro Leopoldo, sobre certo político.
A coisa devia ser assim.
Devia ser de certo modo.
O homem era a perversidade em pessoa.
Prometera isso e fizera aquilo.
Um dos irmãos dirigiu-se ao Médium e perguntou:
— Que diz você, Chico? Temos alguma referência dos Amigos Espirituais sobre o caso?
O interpelado pretendia responder, mas no justo momento, em que ia emitir a sua opinião, ouviu a voz de Emmanuel sussurrar-lhe, segura, aos ouvidos:
— Cale a sua boca. Você nada tem a ver com isso.
O Médium ruborizou-se e o grupo, em torno, verificou que o Chico não conseguia responder, apesar do desejo de externar-se.
Alguém ponderou que ele deveria estar mal e rodearam-no, em oração, dando-lhe passes.
A reunião dispersou-se.
Não foram poucos os que, estranhando o caso, afirmaram em surdina que o Chico parecia francamente um pobre obsidiado.
Mas o fato é que a sombra da maledicência não lhe penetrou o espírito e nem lhe prejudicou, por isto, o clima de elevação, fruto de jejum e oração, em que deve viver, em que vive.
Caso digno de ser seguido por todos que zelam pela vitória de seu dia, policiando o que lhes sai dos lábios...

SÁBIA RESPOSTA
Há tempos, Chico passou a frequentar certa casa de pessoas amigas, mais que de costume.
E essa casa, que se rodeava de muitos observadores, não era vista com bons olhos.
— Chico não devia entrar ali — diziam uns.
— Aquela gente é perigosa — clamavam outros.
A coisa ia nesse ponto, quando um irmão lembrou ao Chico a inconveniência a que se expunha.
O Médium, muito preocupado, em prece, expôs a Emmanuel o que se passava e perguntou-lhe:
— O senhor acha então que não devo entrar lá?
E o protetor, sorrindo, deu-lhe esta sábia resposta:
— Você pode entrar lá quando quiser. Somente desejo saber se você pode sair.

Lindos casos de Chico Xavier
Ramiro Gama

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