segunda-feira, 18 de outubro de 2010

CAUSA, FINALIDADES E PROBLEMAS DA MEDIUNIDADE


1.1 - Causa:

"O fluido perispirítico é o agente de todos os fenômenos espíritas, que só se podem produzir pela ação recíproca dos fluídos que emitem o médium e o Espírito.
O desenvolvimento da faculdade mediúnica depende da natureza mais ou menos expansiva do perispírito do médium e da maior ou menor facilidade da sua assimilação pelos espíritos; depende, portanto, do organismo e pode ser desenvolvida quando exista o princípio; não pode ser adquirida quando o princípio não exista."
(Obras Póstumas - 1ª parte (dos médiuns) - cap. 6 - item 34 - Allan Kardec).

"Quanto menos densos os elos de ligação entre os implementos físicos e espirituais, nos órgãos da visão, mais amplas as possibilidades na clarividência, prevalecendo as mesmas normas para a clariaudiência e para modalidades outras, no intercâmbio entre as duas esferas".
(Evolução em Dois Mundos - cap. 17 - 1ª parte - André Luiz).

"Sim - esclareceu Joel, humilde, minha tarefa mediúnica exigia sensibilidade mais apurada, e, quando me comprometi à execução do serviço, fui ao Ministério do Esclarecimento, onde me aplicaram tratamento especial, que me aguçou as percepções." (Os Mensageiros - cap. 10 - André Luiz).

1.2 - Finalidades

- Provar a imortalidade da alma
- Receber ensinamentos dos bons espíritos
- Expiar os erros do passado
- Trabalhar em benefício dos necessitados

"Os médiuns, em sua generalidade, não são missionários na acepção comum do termo; são almas que fracassaram desastradamente, que contrariaram sobremaneira, o curso das Leis Divinas, e que resgatam, sob o peso de severos compromissos e ilimitadas responsabilidades, o passado obscuro e delituoso. O seu pretérito, muitas vezes, se encontra enodoado de graves deslizes e erros clamorosos. Quase sempre, são Espíritos que tombaram dos cumes sociais pelos abusos do poder, da autoridade, da fortuna e da inteligência, e que regressam ao orbe terráqueo para se sacrificarem em favor de grande número de almas que desviaram das sendas luminosas da fé, da caridade e da virtude. São almas arrependidas que procuram arrebanhar todas as felicidades que perderam, reorganizando, com sacrifícios tudo quanto esfacelaram nos seus instantes de criminosas arbitrariedades e de condenável insânia."
(Emmanuel - cap. 11 - Emmanuel).

1.3 - Problemas da Mediunidade

a) Falta de Estudo

"Pode contar um médium, de maneira absoluta com os seus guias espirituais, dispensando os estudos?
Os mentores de um médium, por mais dedicados e evolvidos, não lhe poderão tolher a vontade e nem lhe afastar o coração das lutas indispensáveis da vida, em cujos benefícios todos os homens resgatam o passado delituoso e obscuro, conquistando méritos novos.
O médium tem obrigação de estudar muito, observar intensamente e trabalhar em todos os instantes pela sua própria iluminação. Somente desse modo poderá habilitar-se para o desempenho da tarefa que lhe foi confiada, cooperando eficazmente com os espíritos sinceros e devotados ao bem e à verdade.
Se um médium espera muito dos seus guias, é lícito que seus mentores espirituais muito esperem do seu esforço. E como todo progresso humano para ser continuado, não pode prescindir de suas bases já edificadas no espaço e no tempo, o médium deve entregar-se ao estudo, sempre que possível, criando o hábito de conviver com o espírito luminoso e benéfico dos instrutores da humanidade sob a égide de Jesus, sempre vivos no mundo, através dos seus livros e da sua exemplificação.
O costume de tudo aguardar de um guia pode transformar-se em vício detestável infirmando as possibilidades mais preciosas da alma. Chegando-se a esse desvirtuamento, atinge-se o declive das mistificações e das extravagâncias doutrinárias, tornando-se o médium preguiçoso e leviano, responsável pelo desvio de sua tarefa sagrada."
 (O Consolador - perg. 392 - Emmanuel).

b) Desvirtuamento Moral

"Qual a maior necessidade do médium?
A primeira necessidade do médium é evangelizar-se a si mesmo antes de se entregar às grandes tarefas doutrinárias, pois, de outro modo poderá esbarrar sempre com o fantasma do personalismo, em detrimento de sua missão."
(O Consolador - perg. 387 - Emmanuel).

c) Mediunidade Remunerada

"Seria justo aceitar remuneração financeira no exercício da mediunidade?
Quando um médium se resolve a transformar suas faculdades em fonte de renda material, será melhor esquecer suas possibilidades psíquicas e não se aventurar pelo terreno delicado dos estudos espirituais.
A remuneração financeira, no trato das questões profundas da alma, estabelece um comércio criminoso, do qual o médium deverá esperar no futuro os resgates mais dolorosos.
A mediunidade não é ofício do mundo, e os Espíritos esclarecidos, na verdade e no bem, conhecem, mais que os seus irmãos da carne, as necessidades dos seus intermediários." (O Consolador - perg. 402 - Emmanuel).

d) Endeusamento de Médiuns

"Aqui e acolá, surgem pruridos de adoração que se faz imprescindível combater. Não mais imagens dos círculos humanos, nem instrumentos físicos supostamente santificados para cerimônias convencionais, mas entidades amigas e médiuns terrenos que a inconsciência alheia vai entronizando, inadvertidamente, no altar frágil das honrarias fantasiosas. É necessário reconhecer que aí temos um perigo sutil através do qual inúmeros trabalhadores têm resvalado para o despenhadeiro da inutilidade."... "As homenagens inoportunas costumam perverter os médiuns dedicados e inexperientes, além de criarem certa atmosfera de incompreensão que impede a exteriorização espontânea dos verdadeiros amigos do bem, no plano espiritual."
(Trechos da mensagem "Perigos Sutis" - livro: Pão Nosso - Emmanuel - Cap. 52).

e) Trabalho Isolado

"Deus não lhes outorgou para seu uso exclusivo a sublime faculdade que possuem, mas para o bem de todos. Comunicando-se com outros, terão eles mil ensejos de se esclarecerem sobre o mérito das comunicações que recebem, ao passo que, isolados, estão muito melhor sob o domínio dos espíritos mentirosos, que encantados ficam com o não sofrerem nenhuma fiscalização..."
(Fénelon - O Livro dos Médiuns - 2ª parte - cap. 31 - item 21 - Allan Kardec).

f) Mistificações

"A mistificação sofrida por um médium, significa ausência de amparo dos mentores do plano espiritual?
A mistificação experimentada por um médium traz, sempre uma finalidade útil, que é a de afastá-lo do amor próprio, da preguiça no estudo de suas necessidades próprias, da vaidade pessoal ou dos excessos de confiança em si mesmo.
Os fatos de mistificação não ocorrem assim, à revelia dos seus mentores mais elevados, que somente assim, o conduzem à vigilância precisa e às realizações da humildade e da prudência no seu mundo subjetivo."
(O Consolador - perg. 401 - Emmanuel)

g) Animismo

"Frequentemente, pessoas encarnadas, nessa modalidade de provação regeneradora, são encontráveis nas reuniões mediúnicas, mergulhadas nos mais complexos estados emotivos, quais se personificassem entidades outras, quando, na realidade exprimem a si mesmas, a emergirem da subconsciência nos trajes mentais em que se externavam noutras épocas, sob fascínio constante dos desencarnados que as subjugam." (Mecanismos da Mediunidade - cap. 23 - item 3 - André Luiz).

h) Evocações

"Não somos dos que aconselham a evocação direta e pessoal, em caso algum. Se essa evocação é passível de êxito, sua exequibilidade somente pode ser examinada no plano espiritual. Daí a necessidade de sermos espontâneos, porquanto, no complexo dos fenômenos espiríticos, a solução de muitas incógnitas espera o avanço moral dos aprendizes sinceros da Doutrina. O estudioso bem intencionado, portanto, deve pedir sem exigir, orar sem reclamar, observar sem pressa, considerando que a esfera espiritual lhe conhece os méritos e retribuirá os seus esforços de acordo com a necessidade de sua posição evolutiva e segundo o merecimento do seu coração."
 (O Consolador - perg. 369 - Emmanuel).

Grupo espírita Renascer

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