...PÁTRIA DO EVANGELHO"
Capítulo- I
Na idade medieval, período que vai de 476 a 1453 confundiram-se as lições do Evangelho, ensanguentando-se todas as bandeiras do mundo Cristão. Nessa época , o Senhor Jesus, fez uma de suas visitas periódicas à Terra. Transpôs o Cordeiro de Deus as imensas distâncias, clarificando os caminhos cheios de trevas, de lama da impenitência e do orgulho das criaturas humanas e repletos dos espinhos da ingratidão e do egoísmo. -Helil- disse a voz suave e meiga do Mestre a um de seus mensageiros, encarregado dos problemas sociológicos da Terra.
-Meu coração se enche de profunda amargura, vendo a incompreensão dos homens, no que se refere as lições do meu Evangelho.
Por toda a parte é a luta fratricida, como polvo de infinitos tentáculos, a destruir todas as esperanças. Infelizmente, não vejo senão o caminho do sofrimento para modificar tão desoladora situação.
Helil- visitemos os continentes onde espíritos jovens e simples, aguardam a semente de uma vida nova.
Nestas Terras para além dos oceanos, poderemos instalar o pensamento Cristão dentro das doutrinas do amor e da liberdade.
E a caravana fulgurante, deixando um rastro de luz, encaminhou-se ao Continente Americano.
Na América do Norte o Senhor abençoou aquelas matas virgens e misteriosas, enquanto as aves lhe homenageavam a inefável presença, com seus cantares maviosos e as flores se inclinavam nas árvores, aromatizando-lhe as sendas...
O perfume do mar, do ar , tão fragrante e serenos. O mar abundava de ostras, caranguejos lagostas e bacalhau. Nas matas, viviam perus gordos e de peso incrível.
Codornizes, gansos, faisões esquilos e alces. Frutas ,nozes e bagas silvestres, cresciam por toda a parte.
"Nunca o céu e a Terra se combinaram em parte alguma, numa harmonia mais perfeita, para proporcionar ao homem um lugar para a sua habitação"---Johm Smth.--Fundador da Colônia de Virginia 1607.
Cheio de esperança, emociona-se o coração do Mestre.
-Helil- pergunta ele - onde fica nestas terras novas, o recanto planetário do qual se enxerga, ao infinito o símbolo da redenção humana?
-Esse lugar de doces encantos, Mestre, de onde se vêem, no mundo, as homenagens dos céus aos vossos martírios na Terra, fica mais para o Sul.
E, quando no meio da paisagem, contemplaram as almas santificadas dos orbes felizes, na presença do Cordeiro,as maravilhas daquelas terras novas, que seriam mais tarde o Brasil, desenhou-se no firmamento, formado de estrelas rutilantes, no jardim das constelações de Deus, o mais imponente de todos os símbolos, O Cruzeiro do Sul.
-Para esta Terra maravilhosa e bem-dita, será transplantada a arvore do meu Evangelho de piedade e de amor. No seu solo dadivoso e fértil todos os povos da terra, aprenderão a lei da fraternidade Universal.
Tu Helil, te corporificaras na Terra, no seio do povo mais pobre e trabalhador do Ocidente.
Instituirás um roteiro de coragem para que sejam transpostas as imensidades desses oceanos perigosos e solitários que separam o velho do novo mundo. Instalaremos aqui, uma tenda de trabalho, para a nação mais humilde da Europa.
Aproveitemos o elemento simples de bondade e coração fraternal ( Índios) Mais tarde ordenarei a reencarnação de muitos espíritos já purificados no sentimento da humildade e da mansidão, entre as raças oprimidas e sofredoras das regiões Africanas, para formar-mos o pedestal de solidariedade do povo fraterno que aqui florescerá no futuro.
Daí a alguns anos, o seu mensageiro se estabeleceria na Terra em 1394, como filho de D. João I e de D. Felipa de Lancastre, e foi o heróico Infânte de Sagres, que operou a renovação das energias portuguesas, para além dos mares.
O elemento indígena, juntamente com as almas bem- aventuradas pela renúncia se corporificaram nas costas da África junto a outros espíritos em provas (degredados) formaram a falange abnegada que veio escrever na Terra de Santa Cruz com seus sofrimentos um dos mais belos poemas em favor da humanidade.
E hoje o Brasil com seu contorno em forma de um coração, abriga e confraterniza a todos os povos da Terra. Mais de 8 milhões e meio de km2 .
De Humberto de Campos Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Nenhum comentário:
Postar um comentário