A criança ainda não tem o que possa ser reformado e precisa apenas ser Evangelizada. No entanto, percebemos que há muito tempo esse sistema descontínuo deixou de funcionar a contento; pois mesmo os espíritas de berço e super doutrinados não estão se saindo muito bem nas coisas da vida.
Espíritas em Depressão!?
Boa parte não está se saindo tão bem quanto seria de se esperar para uma pessoa Evangelizada segundo princípios doutrinários tão claros e simples. Esse fato sinaliza que alguma coisa deve ser mudada.
Com certeza a falha que está atrapalhando o desempenho evolutivo não se encontra no conteúdo da Doutrina, mas na metodologia de ensino e na sua forma de aplicação prática.
Evangelizando a criança
questionamentos são necessários: Onde? Quando? Durante quanto tempo? De que forma? Quem é o Evangelizador? O que se espera?
Como podem ser medidos os resultados? Antes ou ; depois do desencarne?
Que ninguém se melindre ou imagine que está fazendo tudo errado, apenas os questionamentos são necessários, pois nada na vida do homem está pronto.
Mesmo o Evangelho é um alicerce, uma base para nossas vidas, mas a cada dia novas descobertas e novos detalhes científicos devem ser a Ele acrescentados.
Os resultados que se obtêm na Evangelização das crianças, segundo a Doutrina dos Espíritos, são marcantes, mais práticos e funcionais, disso ninguém discorda; mesmo assim, muito pouco do potencial educativo disponível no Evangelho é bem aproveitado no dia-a-dia.
Educação Espírita
Muitos ainda são os fatores que atrapalham a criança educada no meio espírita a aplicar a Doutrina de forma simples e metódica. Um deles: como todas as outras, a criança que cresce num lar espírita absorve parte da visão de mundo dos adultos e incorpora ao seu padrão subconsciente algumas formas arcaicas de interpretação da Doutrina, do tipo:
Os frutos da prática das diretrizes do Evangelho são para serem saboreados depois da morte; algo como ser socorrido e ir viver numa colônia espiritual com seus afins; que a vida terrena é cheia de sofrimentos, dores e aflições para provar o espírito e para expiações.
Esse tipo de engano deve ser corrigido, pois a criança passa a pensar que deve sofrer para aprender, quando não é preciso e, de forma subconsciente, até passa a inventar sofrimentos inúteis.
Aprender através do sofrimento indica falta de capacidade de discernir, pois pode-se aprender através da prática da Reforma íntima e do desenvolvimento da capacidade de fazer a caridade, perdoar e amar com prazer e alegria sem maiores dores.
A transformação voluntária sistemática é necessária para ser usada com a finalidade de melhorar a qualidade de vida neste exato momento, nem antes nem depois. Ela é capaz de propiciar a capacidade de encarar situações aflitivas como oportunidades de crescimento para o espírito.
Tudo deve ser muito prático e simples. Às vezes, basta mudar o rótulo de "problema" para "lição" que o desempenho melhora, e muito.
Responsabilidade de toda Família
Portanto, vale a pena investir na educação íntima das crianças, pois o rescaldo dessa atitude sobra para a vida de todos os que compõem a família e, se melhora para um, melhora para todos.
Resultados de se Evangelizar
Mas: Não se pode modificar aquilo que se desconhece...Mesmo entre espíritas antigos, quando recebemos um filho ou um neto para encaminhar para a vida como um homem de bem, esquecemos que está chegando nessa dimensão um espírito tão antigo quanto o nosso, tão problemático e endividado junto à justiça natural quanto nós. De forma distraída focamos apenas a identidade que o espírito assumiu desta vez e esquecemos de auscultar a sua natureza íntima.A verdadeira educação é aquela que visa educar o espírito.
Compartilhando a Reforma Intima com a criança, o adulto vai dividir e executar com ela a sua própria Reforma Intima.
Pais e filhos vão tentar juntos aplicar o Evangelho nas pequenas e constantes atitudes que se repetem no dia-a-dia.
Reforma íntima começa no Berço
Américo Marques Canhoto
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