Ele nasceu na cidade de Alagoa Grande/PB, em 1949. Professor de ensino superior do curso de Odontologia, e dos cursos de especialização e mestrado da Universidade Federal da Paraíba. É ex-seminarista, pesquisador, estudioso do Hebraico e das religiões cristãs, e conhecedor do Hebraico, do Grego e do Latim. Nunca deixou de estudar a Bíblia, sempre buscando a sua essência e conteúdo divino em sua linguagem original, o Hebraíco. É também formado em Odontologia e possui curso de especialização em Periodontia, mestrado em Clínicas Odontológicas pela Universidade de São Paulo (USP), e doutorado em ODONTOLOGIA PREVENTIVA E SOCIAL pela Fundação de Ensino Superior de Pernambuco (FESP). Autor dos livros: Analisando as Traduções Bíblicas e O Sermão do Monte e apresentador do programa Abrindo a Bíblia pela Rede Boa Nova de Rádio.
A revista "Super Interessante" de julho trouxe um artigo sobre a Bíblia, com estudos arqueológicos, provando que grande parte do Antigo Testamento não tem embasamento histórico. Gostaria de saber, se na sua opinião, Moisés realmente existiu, e o que acha das demais colocações feitas no artigo.
R: - É um artigo interessante, mas que precisa ainda ser melhor avaliado. Suas conclusões são muito fortes. Necessitamos ainda de melhores esclarecimentos. Pessoalmente acredito na existência de Moisés. Negar a sua existência é uma coisa e provar a sua inexistência é outra. Considero um assunto ainda em aberto.
Qual a missão dos profetas do Velho Testamento?
R: - A Missão de um médium de Deus. Os profetas não eram senão, médiuns escolhidos por Deus para chamar atenção de reis e dirigentes que não estavam preocupados com as questões espirituais. Deus os enviava para alertá-los e pode observar que os reis que não os escutavam, quase sempre caiam. A palavra NAVI em hebraico significa profeta e profeta é um intermediário entre o mundo espiritual e o mundo material, ou seja, um MÉDIUM. No entanto, existe uma diferença: os profetas prediziam acontecimentos futuros, os médiuns hoje não possuem esta função e sim a função de trazer a mensagem espirituam reformadora para os homens.
Podemos confiar na Bíblia como documento, devido a diversas alterações com o decorrer do tempo e de diversas alterações? Sabemos da pobreza de palavras, na época, com diversos sentidos, com diferentes sentidos!
R: - A Bíblia sofreu muitas alterações nas suas diversas traduções, como podemos demonstrar em nosso livro “ Analisando as Traduções Bíblicas”. No entanto, a Bíblia em seu texto original, o HEBRAICO, é confiável, pois apesar das diversas adversidades enfrentadas pelo povo hebreu, os seus sacerdotes e escribas souberam, em todas as regiões por onde o povo hebreu passou, conservar seus textos íntegros. Os escribas ainda hoje trabalham na conservação dos textos originais. Em todas as Sinagogas judaicas do mundo inteiro existem textos originais da Bíblia e mais de um.
Quais livros que são lendas, ou cheias de simbolismos, e os que são verdadeiros, não lendários na Bíblia?
R: - Qualquer livro da Bíblia deve ser avaliado antes de sua leitura sobre três aspectos:Quando foi escrito? Para quem foi escrito? E Por que foi escrito? Partindo-se destas premissas você pode sem dificuldade, filtrar o que é ensinamento, o que é história e o que é lenda. Assim, por exemplo, o Gênesis até o capítulo 11 se constitui de proto-história. A história de Adão e Eva, por exemplo, é uma Lenda.
A Bíblia nos fala da comunicação mediúnica como necromancia, e os detratores do Espiritismo negam a comunicabilidade. Como fazer esta idéia transparecer?
R: - Leia o nosso livro “Analisando as Traduções Bíblicas”, onde existe uma pesquisa de 10 anos nos textos hebraicos originais. Nele mostramos cientificamente que nada disto procede. É apenas interesse das religiões escravizadoras que querem manter os seus seguidores presos aos seus princípios infundados. A Bíblia jamais poderia condenar o Espiritismo que nem existia quando ela foi escrita. As recomendações do famoso Deuteronômio 18:9-11 foram feitas para os hebreus que se encontravam na planície do deserto do Sinai. Nós espíritas 4.000 anos depois não temos nada a ver com isto.
Por que a Bíblia deixou de ser escrita, ou seja, por que o Apocalipse é considerado o final da Bíblia, sendo que as revelações não cessaram?
R: - Isto é muito relativo e depende do ângulo que é analisado. A Bíblia do judeu é constituída apenas do Velho Testamento. Eles se satisfazem com ela e ainda afirmam que todas as verdades estão em sua Bíblia, ou seja, na Torá. Os católicos afirmam que sua Bíblia é composta de Velho e Novo Testamento e possui 73 livros, começando no Gênesis e terminando no Apocalipse. Os protestantes afirmam que sua Bíblia é composta de Velho e Novo Testamento e possui 66 livros. Nós espíritas aceitamos a Bíblia completa e já sentimos a necessidade adicionar a ela o Pentateuco de Kardec. Assim, cada época, tem sua peculiaridade de acordo com o padrão evolutivo da época. No entanto, convém ressaltar que nós não acreditamos em previsões futuristas, pois o nosso futuro é construído por nós mesmos no presente. È o nosso “livre arbítrio”, uso e abuso, que rege tudo.
Qual a melhor forma de fazermos uma leitura da Bíblia nos tempos de hoje? E sua prática diante de tantas adversidades?
R: - É aconselhável primeiro um curso básico sobre a Bíblia para poder tirar maior proveito. A Bíblia não deve ser lida numa seqüência livro-a-livro.
Cada livro tem uma história que devemos buscar. É sempre bom antes de se ler cada livro conhecer-se em que época ele foi escrito, para quem foi escrito e por que foi escrito? Assim, você se situa melhor e entende a sua mensagem.
leia na íntegra: mensageiro
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