quarta-feira, 11 de agosto de 2010

22ªaula- G.E.DE ESTUDOS E TRABALHOS MEDIÚNICOS

Capítulo 21
As Doenças Mentais
Introdução
Dados estatísticos recentes informam que cerca de 25% da população mundial sofre de algum problema relacionado ao sistema nervoso.
Nos Estados Unidos da América, 25% da verbas liberadas pelo Congresso Americano destinam-se às Neurociências (ramo da medicina que engloba a Psiquiatria, a Neurologia e a Psicologia). De cada dois leitos hospitalares, um é ocupado pela Psiquiatria.Essas informações dão-nos uma pálida idéia da importância das enfermidades mentais na sociedade contemporânea: milhares e milhares de pessoas têm vivenciado problemas diversos vinculados à função psíquica.
No entanto, apesar de todo o interesse que estas enfermidades têm despertado, não se vislumbra ainda o instante em que as ciências oficiais deverão estudá-las com a sonda reencarnatória.
Somente o conhecimento de que já vivemos, a idéia precisa das vidas sucessivas, levará o homem às causas fundamentais das doenças mentais.
Somente a Psicologia integral (expressão de Gabriel Delanne), aquela que vê no homem os seus três elementos (corpo, Espírito e perispírito) poderá, definitivamente, equacionar o problema sério das perturbações psíquicas.

Sob uma visão espírita podemos sistematizar as doenças mentais em três grupos:

*Doenças Mentais
*Doenças orgânicas
*Auto-obsessão
*Obsessões

a) Doenças Orgânicas:
São as doenças mentais onde se observa um fundamento orgânico. São as enfermidades em que há uma evidente lesão física que justifica as alterações do psiquismo. Muitas condições patológicas podem acompanhar-se de alterações psíquicas, como aneurismas cerebrais, tumores, arteriosclerose dos vasos cerebrais, sífilis cerebral, oligofrenias, etc.
Nesse grupo de enfermidades psíquicas o Espírito poderá encontrar-se lúcido, ciente do problema que o acomete, já que a lesão é eminentemente física.
As faculdades intelectuais do Espírito estão perfeitas. O que ocorre é um bloqueio à manifestação destas faculdades em decorrência de um cérebro doente.
Allan Kardec estuda este grupo de doenças no Livro dos Espíritos (2ª parte - Idiotia e Loucura).

b) Auto-Obsessões:
Em Obras Póstumas, há uma passagem em que Allan Kardec afirma que muitas vezes "o Espírito pode ser o obsessor de si próprio'. E esta condição, bastante freqüente, estará respondendo por parcela significativa dos casos de enfermidades mentais.
Podemos entender as auto-obsessões como sendo a "liberação de um inconsciente culpado", pois na base deste grupo de doenças estará quase sempre o "complexo de culpa".Feridas morais sérias insculpidas no inconsciente que passam a emitir vibrações deterioradas, que ao se chocarem com a consciência atual vão se manifestar sobre a forma de angústia, de depressão, de fobias, de delírios, etc.
Devemos nos lembrar, no entanto, que muitas vezes algumas distonias emocionais (ansiedade e depressão, principalmente) estarão surgindo sem grandes vínculos com existências pretéritas, mas como resultado de conflitos íntimos atuais.

c) Obsessões:
Segundo o psiquiatra espírita Dr. Inácio Ferreira cerca de 30% dos casos de loucura surgem em decorrência de uma atuação espiritual obsessiva. Espíritos perversos ou inconseqüentes que dirigem suas vibrações de teor enfermiço em direção de mentes culpadas, desencadeando reações emocionais e psíquicas doentias.

Diagnóstico Diferencial
A grande questão que se coloca na prática espírita está relacionada aos critérios que vamos utilizar para distinguirmos os diferentes doentes, enquadrando-os em um dos três grupos citados.
As enfermidades do primeiro grupo (orgânicas) são diagnosticadas facilmente através de exames complementares e não configuram problemas para a prática espírita.
No entanto, o mesmo não acontece nos grupos de auto-obsessão e de obsessão.
Na realidade, não existem sinais infalíveis que poderão auxiliar-nos nesta diferenciação, pois os doentes portadores de auto-obsessão e obsessão, propriamente dita, apresentam-se com as mesmas manifestações.
O importante então, não é uma distinção adequada, mas sim um tratamento efetivo.
E a terapia espírita será a mesma para os dois grupos de enfermos.

Tratamento
Torna-se desnecessário reafirmarmos a importância do acompanhamento médico e psicológico para os doentes do psiquismo. A Psiquiatria e a Psicologia possuem recursos diversos que deverão ser empregados nos portadores de perturbações psíquicas. As drogas, a psicoterapia e, algumas vezes, a internação tornam-se necessárias em muitos doentes.

A contribuição espírita na recuperação destes enfermos consiste nas seguintes medidas:
a) Fluidoterapia através do passe e da água magnetizada;
b) Instituição do culto do evangelho no lar, com o exercício constante da prece e da leitura edificante;
c) Frequência ao Centro Espírita em reuniões de estudo evangélico-doutrinário (jamais em reuniões de intercâmbio mediúnico);
d) Ocupação constante do tempo com atividades gratificantes, principalmente aquelas com objetivos altruístas;
e) Exercício constante de pensamentos elevados, buscando nortear a sua vida de acordo com os princípios filosóficos apresentados no Evangelho de Jesus.

Bibliografia
1) Loucura e Obsessão - Manoel Philomeno de Miranda / Divaldo P. Franco
2) Nas Fronteiras da Loucura - Manoel Philomeno de Miranda / Divaldo P. Franco
3) Grilhões Partidos - Manoel Philomeno de Miranda / Divaldo P. Franco
4) No Mundo Maior - André Luiz / Chico Xavier
5) Visão Espírita das Distonias Mentais - Jorge Andréa

Nenhum comentário: