quinta-feira, 8 de julho de 2010

PERGUNTAS E RESPOSTAS POLÊMICA

Com relação ao sofrimento do suicida, como ficam os "homens-bomba" que se matam por causa de um aprendizado e de uma crença religiosa?
Como ficam em relação ao seu perispírito, uma vez que sabe que vai destruir o corpo? Ao adentrar ao mundo espiritual e se sentir vivo não seria o paraíso ensinado a eles, uma vez que matou vários "inimigos" e continua vivo?
Resposta: Independentemente da crença, tirar a própria vida é um ato contrário a Lei Divina.
Mesmo a Religião professada por essas pessoas não recomenda o suicídio e até se posiciona contra ele. Essa crença da morte honrosa na destruição dos "inimigos", que leva ao paraíso, é uma interpretação de grupos radicais (fundamentalistas), para manipular a boa fé dessas pessoas.
O homem-bomba, ao dilacerar seu corpo, deixará marcas gravíssimas em seu perispírito, que lhe causarão, no plano espiritual, profunda dor e desequilíbrio.
Jamais ele se acharia (ou pensaria) estar no paraíso, pela dor e pelo sofrimento a que estará submetido. Pelo contrário, se "acharia" no inferno e ficaria profundamente revoltado e decepcionado, por lhe terem prometido uma coisa e ter recebido outra.
Terá a lhe agravar a dor e o sofrimento, a reação da Lei de Causa e Efeito derivada da morte de todas as vítimas do atentado. Essas conseqüências, por certo serão ainda piores que a do próprio suicídio, refletindo-se, junto com as do suicídio, por próximas encarnações.

Se uma pessoa estivesse em um edifício e neste ocorresse um grande incêndio, sendo que as chamas chegaram a um ponto em que o corpo dessa pessoa já começa a ser consumido, e em seu pensamento já se extinguiram as possibilidades de alguém salva-lo. Este indivíduo sentindo as chamas consumi-lo, poderia saltar do prédio, cometendo assim suicídio, mesmo que seja em desespero (digamos que ele tenha um conhecimento espirita), ou deveria ficar onde está, mesmo sabendo que ele desencarnaria dolorosamente por causa das chamas? O que aconteceria se ele, em desespero, efetivamente pulasse?

Resposta: É uma questão difícil de se analisar. Temos que partir do pressuposto que tirar a própria vida é um erro grave. Também é verdade que a "culpa" é proporcional aos fatores do momento (conhecimento, equilíbrio, condições emocionais, pressão, etc.).
É verdade ainda que a vontade Divina pode se manifestar de diversas formas, até o último instante, mudando destinos inclusive.
Em tese, a pessoa não deveria cometer o suicídio, mesmo nessa dura situação. Responderá pelo seu ato, se o fizer. Na prática, como dificilmente conseguiria racionalizar seus sentimentos e emoções, em cometendo tal ato, será "responsabilizado" proporcionalmente a lucidez que lhe tenha "sobrado" em tal desesperadora situação. Tudo isso em tese. A única certeza é que a responsabilidade sempre é justa e proporcional, nunca é absolutista.

 Será que é justo eu ter que voltar com alguém que não me respeitou, mesmo eu tendo feito o possível para continuar? Se o casamento não teve continuidade por culpa do outro, porque eu tenho que voltar para dar continuidade a algo que eu não causei?

Resposta: Em realidade, as provações que cada um precisa passar é decorrente única e exclusivamente de suas responsabilidades na infração das leis Divinas ou naturais.
Trabalhando em hipótese, se existe uma separação no casamento, e isso se deve única e exclusivamente a um dos cônjuges, a responsabilidade será deste, e caberá a este e apenas a este sofrer as conseqüências.
Nada é programado em nossa vida, e ninguém precisará, obrigatoriamente, retomar antigos compromissos, a não ser que esteja ligado a esse, por problemas pretéritos (Lei de Causa e Efeito). No entanto, é bom lembrar que muitas vezes nos julgamos "isentos de culpa" e isso não é verdade.
Ainda trabalhando em hipótese, se duas pessoas precisaram se unir em casamento para resolver problemas pretéritos, e uma foi a causadora de separação, apesar da outra tentar evitar isso de todas as maneiras, mas as duas não aprenderam efetivamente a amar uma a outra, o compromisso entre ambos continua a existir.
Tolerar e aceitar não é sinônimo de amar. Tentar evitar a separação não é necessariamente ter amor. Não ser o causador da separação não elimina problemas que as pessoas envolvidas tinham entre si e que precisavam ser resolvidos, e não o foram. Não sabemos quais são os compromissos passados que temos com outras pessoas e o que efetivamente temos que aprender na relação com estas.
Por isso, as questões que você coloca não são possíveis de uma conclusão diagnóstica e absoluta, por que não há como julgar e determinar "culpa", exatamente por não se conhecer o passado de ambos os envolvidos.
Além disso, numa separação dificilmente temos apenas um culpado (exceto nos casos de infidelidade conjugal unilateral). Normalmente os dois têm parcelas, mesmo que de tamanhos diferentes, de responsabilidade, até anteriores ao casamento, no namoro, no noivado, etc.
De qualquer maneira, sempre será feito justiça, ou seja, cada um sofrerá a conseqüência de seus próprios atos, nem mais, nem menos.
Espero ter ajudado.
Um fraterno abraço.
Carlos Augusto P. Parchen

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