terça-feira, 15 de junho de 2010

Julgar os Semelhantes

“Não julgueis, afim de que não sejais julgados, porque vós sereis julgados segundo houverdes julgado os outros, e se servirá para convosco da mesma medida da qual vos servistes para com eles.”
(Capítulo 10, item 11 Evangelho Segundo Espiritismo)

Toda opinião ou juízo que desenvolvemos no presente está intimamente ligado a fatos antecedentes.
Tendências ou pensamentos julgadores estão sedimentados em nossa memória profunda, são subprodutos de uma série de conhecimentos que adquirimos na idade infantil e também através das vivências pregressas.
Censuras, observações, admoestações, superstições, preconceitos, opiniões, informações e influências do meio, inclusive de instituições diversas, formaram em nós um tipo de “reservatório moral” - coleção de regras e preceitos a ser rigorosamente cumpridos -, do qual nos servimos para concluir e catalogar as atitudes em boas ou más.
Nossa concepção ético-moral está baseada na noção adquirida
em nossas experiências domésticas, sociais e religiosas, das quais nos servimos para emitir opiniões ou pontos de vista.
Em razão disso, os freqüentes julgamentos que fazemos em relação às outras pessoas nos informam sobre tudo aquilo que temos por dentro. Explicando melhor, a “forma” e o “material” utilizados para sentenciar os outros residem dentro de nós.
Melhor do que medir ou apontar o comportamento de alguém seria tomarmos a decisão de visualizar bem fundo nossa intimidade, e nos perguntarmos onde está tudo isso em nós.
Devemos reavaliar nossas idéias retrógradas, que estreitam nossa personalidade, e, a partir daí, julgar os indivíduos de forma não generalizada, apreciando suas singularidades, pois cada pessoa tem uma consciência própria e diversificada das outras tantas consciências.
Julgar uma ação é diferente de julgar a criatura. Posso julgar e considerar a prostituição moralmente errada, mas não posso e não devo julgar a pessoa prostituída. Ao usarmos da empatia, colocando-nos no lugar do outro, “sentindo e pensando com ele”, em vez de “pensar a respeito dele”, teremos o comportamento ideal diante dos atos e atitudes das pessoas.
Segundo Paulo de Tarso: “é indesculpável o homem, quem quer que seja, que se arvora em ser juiz. Porque julgando os outros,ele condena a si mesmo, pois praticará as mesmas coisas, atraindo-as para si, com seu julgamento”.
Em todo comportamento humano existe uma lógica, isto é, uma maneira particular de raciocinar sobre sua verdade; portanto, julgar, medir e sentenciar os outros, não se levando em conta suas realidades,é não ter bom senso ou racionalidade, pois na vida somente é válido e possível o “autojulgamento”.


RENOVANDO ATITUDES
FRANCISCO DO ESPÍRITO SANTO NETO
DITADO PELO ESPÍRITO HAMMED

Um comentário:

Oscar disse...

Quem somos para julgarmos as atitudes de nossos semelhantes; a que bom quanto todos puderem usar da altoridade não é verdade!!!