sexta-feira, 14 de maio de 2010

Fragmentos de uma Vida

AS SESSÕES ABERTAS AO PÚBLICO
Dois anos mais tarde, Chico tornou-se alvo de uma longa reportagem do jornal O Globo. Essas reportagens colaboraram para que a fama de Chico Xavier ultrapassasse os limites de Minas Gerais. A partir daí uma verdadeira romaria invadiu Pedro Leopoldo para conferir as habilidades de Chico Xavier. Chico não se sentia à vontade com a notoriedade e, mais de uma vez, manifestou seu temor de que a fama excessiva pudesse prejudicar sua missão. Tal fato não ocorreu e o que ele não poderia imaginar era que anos depois seria conhecido e amado nos quatro cantos do país.
Nessa época o médium estava preocupado que as sessões abertas ao público, que era um trabalho sério que ele vinha realizando, se transformasse num simples show. Os textos eram psicografados
por Chico Xavier em vários idiomas: inglês, alemão e até em sânscrito. Tal fenômeno era o que mais impressionava a leigos e estudiosos.
Emmanuel esperou por um período de dois anos e solicitou a Chico que as reuniões desse tipo fossem encerradas. Para o mentor o trabalho do médium vinha-se cercando de uma curiosidade improdutiva e isto certamente iria ameaçar a tarefa mais importante que seria a da divulgação de ensinamentos através de livros psicografados. Emmanuel sabia o que estava fazendo. Tanto é que
a década de 30 foi a mais rica em termos de mensagens esclarecedoras. O mentor transmitiu toda a sua sabedoria em textos que tratavam dos mais variados temas, como Sociologia, Economia, Política, etc.

OS FENÔMENOS DE EFEITOS FÍSICOS
Chico Xavier não apenas psicografava como também realizava fenômenos de efeitos físicos.
Certa vez perfumou a água que os assistentes traziam. De outra vez, o ar. Contam algumas testemunhas que Chico, certa ocasião foi rezar ao lado da cama de uma mulher muito doente e sem esperanças de vida. Enquanto o médium rezava, pétalas de rosas começaram a cair do teto sobre a doente. A mulher veio a desencarnar sem sofrimento, durante aquela madrugada. Após algum tempo desse acontecimento, Emmanuel intercedeu junto a Chico Xavier recomendando a suspensão dos trabalhos de efeitos físicos.
À medida que sua fama se propagava, cresciam também estórias dos poderes do médium, levando-o por diversas vezes a ter que esclarecer o público sobre a inveracidade de ser capaz de fazer um cego enxergar ou um paralítico andar.

AS SENSAÇÕES
Sua fama e também sua debilidade física, obrigaram-no ao isolamento forçado, mas nunca se negou a receber alguém ou conversar sobre qualquer assunto. Na época da série de reportagens
do jornal O Globo, ele descreveu como se sentia no momento em que psicografava ou incorporava espíritos. O depoimento é válido até hoje tanto para os estudiosos quanto para os leigos. Chico contou que a música produz em sua mente "uma excitação muito especial", que pode levá-lo ao transe. "Outras vezes", ele diz, "escrevo num estado semiconsciente, sonhando acordado". Mas, o que ele sente no momento em que começa a psicografar as mensagens? "Faço tudo mecanicamente", responde. "Um torpor pesado e prolongado me invade. O torpor é profundo, mas é preciso que haja silêncio absoluto. Um chamado brusco, por exemplo, me
perturba, me sobressalta, causa-me até um mal psíquico".

Grupo Espírita “Os Mensageiros”

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