quarta-feira, 26 de maio de 2010

Final dos Tempos

Cataclismos, mudanças climáticas,fome, miséria, violência desmedida, guerras. Há pessoas que veem nisso tudo o final dos tempos.
Jesus, no Sermão Profético, disse que haveria, sim, tudo isso, mas que ainda esse não seria o fim. O fim viria depois, viria no tempo em que o Evangelho do Reino passasse a ser ensinado em todos os lugares.
O final dos tempos, segundo as palavras de Jesus, corresponderia assim, no entendimento espírita, à transformação deste globo em um Mundo de regeneração, e não à sua destruição, como ingenuamente imaginam certas pessoas.
Quando isso se dará? Ninguém o sabe, disse Jesus, somente o Pai.
O que acontece hoje é que uma multidão imensurável de Espíritos que jaziam nas trevas está tendo a oportunidade de reencarnar para que tenha a evolução impulsionada.
Se não aproveitar as oportunidades de elevação terá por destino os mundos inferiores.
Até mesmo a qualidade de nossas músicas se ressente desse impacto.
Daí as monstruosidades no plano da violência que temos vivenciado, com requintes de crueldade e de aberrações jamais vistos. O que sempre conteceu em ponto pequeno parece multiplicar-se entre todos os povos, em todos os segmentos sociais.
Nunca foram revelados ao mundo tantas anormalidades no plano da sexualidade, envolvendo todo tipo de gente, de padres a intelectuais, de criaturas comuns a homens de Estado. Os crimes contra a economia pública, que prejudicam toda a massa de trabalhadores, jamais haviam assumido as proporções de corrupção como nos dias atuais. As guerras fratricidas campeiam entre povos que até o alvorecer do 3º Milênio conviviam em paz e harmonia. As pandemias se sucedem de alguns anos para cá. Os desastres da natureza, incluindo as consequências do aquecimento global, assustam a todos nós e atingem milhares de pessoas.
Nada disso, no entanto, é motivo para medo ou alarme. São oportunidades de crescimento. A expiação e a prova jamais devem assustar quem detém o conhecimento espírita. As tragédias são ocasiões de auxiliar. Se a crença espírita já faz parte de nós mesmos, então temos o dever de consolar e socorrer. O adepto do Espiritismo é contemplado com algo – o conhecimento espírita – que deve ser posto a serviço da humanidade.
Mas não se deve propalá-lo irrefletidamente,causando assim mais desconforto que consolação, porque nem todos estão preparados para certas verdades, como ocorre com algumas pessoas que não admitem que seu filho imobilizado na tetraplegia esteja expiando algum ato praticado no passado. Elas preferem, certamente, crer que o filho sofre assim porque Deus o quis.
Agir com bom senso, mas sem esconder a verdade, é o caminho do meio no consolo aos desesperados da sorte. Jesus não negou que haveria tribulações, até mesmo as detalhou para que isso servisse de sinal aos crentes, mas nos deu a notícia consoladora de que, ao chegar o fim, o mundo conheceria a Boa Nova e haveria, enfim, fraternidade entre os homens.
Os princípios espíritas hão de fazer parte da crença de todos os povos. Não sabemos sequer se será ainda chamado de Espiritismo, mas temos a certeza que a Doutrina da caridade será a cartilha pela qual os homens pautarão seus caminhos.

Jornal Imortal
out/09

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