sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

EVANGELIZEMOS NOSSAS CRIANÇAS

"Deixai vir a mim os pequeninos não os impeçais 
pois deles é o reino dos céus". - Jesus. (Mateus, 19:14.)

Não induzo meu filho a seguir qualquer religião, quando ele crescer ele mesmo escolhe a doutrina que quer seguir, dizia-me sempre, um determinado amigo.

É prática comum em algumas famílias, inclusive espíritas, esperar que os filhos cresçam, para que definam por si próprios a religião que desejam seguir. Alegam estas, que não tem o direito de interferir na liberdade de escolha dos filhos, que religião é objeto de escolha pessoal e de gosto diversificado, e que o indivíduo tem na idade adulta, maiores condições de definir o que melhor lhe apraz nesse aspecto.

O resultado desse pensamento reflete-se na maioria das vezes, no dia-a-dia de nossa sociedade, onde uma boa parte dos jovens desligados de qualquer sentimento de religiosidade, tem a cabeça voltada apenas para o que eles chamam de "agitos", onde a tônica é dada pelos tóxicos, álcool, sexo e violência como uma forma de auto-afirmação e porque não dizer, de preenchimento do vazio causado por essa falta de religiosidade; sem contar na contribuição funesta, que o jovem tem dado para o aumento das estatísticas de suicídios, onde atualmente ele lidera os índices.

O desconhecimento de valores espirituais aliado a despreocupação dos pais com este fator contribuem de forma contundente para o agravamento deste quadro, resultando muitas vezes, em complicados processos obsessivos e até reencarnatórios, devido a falência das partes envolvidas no contexto.

Buscar o conhecimento dos postulados espíritas, observando-se o aspecto família, implica em outras variáveis, que a priori, visa a conscientização dos pais sobre o grau da responsabilidade assumida perante os Espíritos superiores, com relação àquele espírito que aceitaram como filho na presente encarnação.

Vale ressaltar, que essa responsabilidade não se limita apenas à participação no processo reencarnatório, que basicamente divide-se em duas etapas, que se dão a seguir:

Na parte primeira, dá-se uma sistemática de envolvimento, onde são observados entre outros, os seguintes aspectos: a ficha do reencarnante para que se estabeleça os mapas cármicos, o grau de simpatia ou animosidade com relação aos genitores, a composição de mapas genéticos, o desenvolvimento de reuniões entre as partes no plano espiritual, enfim, todas as medidas que podemos pensar e que não podemos, são tomadas pelos técnicos reencarnacionistas, para que se cumpra o proposto nas Leis Divinas.

A parte segunda seria a condução desse Espírito, já encarnado, pelas mais diversas problemática da vida, seja no campo social, familiar, religioso, proporcionando-lhe meios para que desenvolva em si os aspectos, cognitivo, afetivo, intelectivo, moral, etc...

É tábula rasa para nós espíritas que a primeira infância, que é o período compreendido entre zero aos sete anos, é sem dúvida nenhuma a época em que a criança está mais sensível às sugestões dos pais, é nessa fase que devem ser ministrados através de muito amor e carinho, os conceitos de valores morais e cristãos.

Neste sentido, a evangelização espírita-infantil é de fundamental importância no processo de formação da criança, pois os vícios de personalidade se encontram adormecidos, constrangidos pelo envoltório infantil. O Espírito neste momento é comparado ao terreno fértil da parábola do semeador, as sementes que ali semearmos, germinarão fortes e viçosas, contribuindo de forma preponderante na formação moral do futuro adulto.

Não podemos esquecer que a tarefa da semeadura começa cedo, aos quatro anos a criança já pode ser encaminhada às aulas de evangelização, que parte da seguinte sequência: inicia-se pelo maternal, dos quatro aos cinco anos, depois o jardim, dos seis aos sete anos, primeiro ao terceiro ciclo da infância que vai dos oito aos treze anos , pré juventude, primeiro e segundo ciclo da juventude, dos catorze aos vinte um anos, e finalmente, depois de uma longa caminhada, por todos esses ciclos, o jovem está pronto para o Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita.

Ainda a cerca da reencarnação, nos esclarece o Espírito Manoel Philomeno de Miranda, no livro Temas da vida e da Morte, 1ª edição da FEB, página 19 que, "apesar da reencarnação se completar aos sete anos ela ainda vai se fixando lentamente até o momento da transformação da glândula pineal, na sua condição de veladora do sexo".

A esse respeito, André Luiz, no livro Missionários da Luz, 22ª edição da FEB, cap. 2º, nos dá a seguinte informação: "Enquanto no período de desenvolvimento infantil, fase de reajustamento desse centro importante do corpo perispiritual preexistente, a epífise parece constituir freio às manifestações do sexo; entretanto, há que retificar observações.

Aos catorze anos, aproximadamente, de posição estacionária, quanto às suas atribuições essenciais, recomeça a funcionar no homem reencarnado. O que representava controle é fonte criadora e válvula de escapamento. A glândula pineal reajusta-se ao concerto orgânico e reabre seus mundos maravilhosos de sensações e impressões na esfera emocional. Entrega-se a criatura à recapitulação da sexualidade, examina o inventário de suas paixões vividas noutra época, que reaparecem sob fortes impulsos ".

Diante desse quadro, podemos afirmar que em qualquer família, a fase da puberdade é com certeza uma das mais difíceis para os pais. É nesse momento que o espírito vai começando a reencontrar a sua verdadeira personalidade, iniciando-se com o chamado conflito da adolescência, que pode ser atenuado ou mesmo evitado, com uma bem estruturada educação religiosa na infância.

Deixai vir a mim os pequeninos não os impeçais pois deles é o reino dos céus, disse o Cristo aos apóstolos, que tentavam barrar a passagem de crianças até Ele. O pedido de Jesus, reverbera em nossas consciências, e entendemos que o Mestre pede que não lhes cerceemos os ensinamentos, achando que não os são necessários ainda, que deixemos que eles conheçam o Cristo, logo na infância, que é fase mais pura, mais humilde, onde os corações espargem inocência, e estão mais abertos aos preceitos cristãs.

Pensar na criança é pensar no adulto, portanto, é de vital importância que a Casa Espírita tenha essa preocupação com as crianças e com os jovens, no sentido de promover a evangelização destes, como propõe o Mestre Jesus. 

Autor: Warwick Mota
(Publicado na revista Reformador de junho de 1996)

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Hoje estamos colhendo o que plantamos nesta ou em outras experiências reencarnatórias, contudo, o sabor desta colheita não precisa ser doloroso. 
Observe que o veneno da serpente que mata também pode curar, quando transformado em soro.  
A compreensão das Leis Divinas e o auto-aprimoramento modificam a forma como encaramos o mundo. 
Nosso objetivo é ampliar a visão das pessoas que buscam a assistência dos espíritos, tornando-as  mais receptivas ao auxílio da espiritualidade superior e capacitando-as a reverter a situação de desarmonia em que se encontram.     
Como informa a espiritualidade as doenças que invadem nosso corpo são acúmulos de energias de baixa vibração, que emitimos ou com as quais sintonizamos através da desarmonia para com as Leis Divinas. 
Quando a dor e o sofrimento aparecem é porque o equilíbrio precisa ser refeito. As dificuldades que vivemos são etapas necessárias para semear o amor  em nosso coração.  
Lembremo-nos de que Deus não é vingativo e nem carrasco, ao contrário, é pai, professor, sábio e misericordioso para com todos nós. Podemos alcançar suas bênçãos através do pensamento positivo, das modificações interiores e da força de vontade.   

sábado, 8 de fevereiro de 2014

REQUISITOS PARA EDUCAR A MEDIUNIDADE


 Para educar a mediunidade há requisitos inamovíveis, sem os quais ninguém consegue desdobrar essas percepções.


O primeiro deles, estudá-la, conhecer as suas possibilidades e as demais. Conhecer o Espiritismo, que é a ciência que explica a mediunidade. Sem esse conhecimento a pessoa não passa do estado de superstição e de aventura, ainda mais, por causa do grande escolho à mediunidade, do grande perigo, que é a obsessão. (Fonte para estudo, O Livro dos Médiuns, cap. XXIII).
 
Sendo os Espíritos as almas dos homens que viveram na Terra, eles são exatamente os mesmos desvestidos do corpo físico. Bons ou maus, nobres ou indignos, honestos ou injuriosos e, estando a pessoa no desabrochar da mediunidade, em uma faixa de incerteza e de instabilidade emocional, sintoniza primeiro com os Espíritos levianos, que se lhe aproveitam da ignorância para prometer-lhe missões, funções especiais, posições de relevo, e mentindo, dizerem tudo aquilo que agrada à vaidade da criatura humana. (Fonte de estudo, O Livro dos Médiuns, cap. XVII, ítem 211 e O Livro dos Espíritos, pergunta 919).

Portanto, cumpre ao médium o dever de vigiar-se, para ter certeza de que é uma criatura humana falível, como uma outra qualquer. Portadora apenas de uma faculdade a mais que lhe pode ser instrumento de felicidade, como de ruína, de acordo com a finalidade que lhe dê.
A mediunidade não é boa nem má; o uso que se lhe dê tornar-lhe-á uma bênção ou uma desdita para o seu usuário.

A segunda função é o exercício. A mediunidade não é para um breve período como muita gente que treina uma semana e na seguinte abre um Centro Espírita, para atender à sua e à vaidade das pessoas que lhe são afins. Acreditando que o fato de abrir um Centro Espírita a mais, é um grande serviço que presta à Humanidade, pois que, não estando a pessoa convenientemente equipada, o que pode transmitir? Como conduzir, se ainda não sabe conduzir-se? Incidindo naquela prescrição de Jesus: "Cego que conduz cego, caem todos no mesmo abismo". (S.Mateus, cap. XV, vv 1 a 20)
 
Portanto, é um exercício para toda a vida. Porque, a pessoa que possui inteligência, não pode dizer amanhã: — "A partir de agora vou deixar de ser inteligente". A pessoa que aprende a ler e escrever não pode afirmar: — "De agora em diante não leio mais." Porque, onde quer que incidam as suas vistas, o que estiver grafado em seu idioma, ela o lerá, queira ou não, uma vez que é uma qualidade inerente à sua realidade humana.
A mediunidade, portanto, exige uma educação permanente e, à medida quem o médium vai educando as suas possibilidades psíquicas, mais amplas estas se lhe fazem, exigindo-lhe maior campo de ação e de vigilância.
 
"Educar-se incessantemente é dever a que o médium deve comprometer intimamente, a fim de não estacionar e, aprimorando-se, lograr as relevantes finalidades que a Doutrina Espírita propõe para a mediunidade com Jesus." 
(Joanna de Ângelis, no livro no Limiar do Infinito).

O terceiro requisito é a consciência de que é médium, para que lhe serve a mediunidade.

 "É necessário vigiar as entradas do coração e permanecer no posto da prece." 
(Joanna de Ângelis, no livro Convites da Vida)


Requisitos para educar a mediunidade
Divaldo Pereira Franco

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

DESPERTAR


A tomada de consciência não nos permite mais repetir atos e atitudes. A reação frente a uma ação provoca o aprendizado. E quando erroneamente insistimos na mesma questão somos severamente cobrados ao pé do ouvido. E não só por nós, mas também pelas pessoas ao nosso redor que estão sempre a buscar algo a ser criticado. Reflexo de um senso comum, onde um deslize, um equívoco prepondera diante de dezenas de acertos.
            
Diante disso tudo, o que fica é um caminho por vezes solitário, onde nem sempre temos com quem compartilhar acertos e anseios. Uma senda pessoal a ser trilhada que se não estamos em sintonia com a luz pode se tornar um pesado fardo. As pessoas buscam respostas... Buscam pistas para entender o que está acontecendo com elas. São tantas as variáveis, tantas possibilidades diferentes para o crescimento da pessoa acontecer e o principal, são palavras ditas, canalizadas que modificam um ser humano, permitindo o desabrochar do seu melhor (Neste momento, o ego é uma grande armadilha...) e a capacidade de superar seus desafios para seguir em frente em sua vida, em outras palavras: evoluir para a consciência do seu eu no aqui e no agora.
           
Cada vez mais pessoas vêm despertando para a verdadeira consciência, para a sua verdadeira missão, a cura das suas inferioridades. O vazio que reina absoluto nas pessoas vem mostrando que em suas vidas está faltando algo, que não adianta tentar camuflar com compras e mais compras, com a comilança desenfreada, com agrados e mais agrados a outras pessoas, na tentativa de serem aceitos por eles. Esconder a si mesma de si própria diante de inúmeras prioridades elencadas, por nós mesmos, e que nos coloca em segundo, terceiro, até mesmo último plano não basta mais e cobra seu preço após um tempo: dor, sofrimento, doenças...

O momento exige de todos nós mudanças, profundas reflexões para identificar nossos maiores fantasmas e enfrentá-los com coragem.
Aline Elisângela Schulz
site: luz da serra

domingo, 2 de fevereiro de 2014

PERDOAR A SI MESMO

NA MAIORIA DAS VEZES, VOCÊ MESMO.
Perdoar a si mesmo é mais urgente que perdoar ao próximo. Se você não perdoar a si mesmo, como vai ter condições de perdoar a quem quer que seja? Se não perdoar seus próprios erros, suas próprias faltas, como conseguirá perdoar os erros e faltas alheias? Perdoe primeiro a si mesmo, logo, urgentemente, se possível ainda hoje, pois ninguém merece viver carregando culpas velhas de erros cometidos no passado. Não faça essa injustiça consigo mesmo, perdoe-se!

O sentimento de culpa age como autopunição, mas a autopunição só é válida quando lhe faz querer reparar o mal cometido. Para chegar a esse ponto, você deve passar pelo estágio do remorso, que é o reconhecimento do mal realizado e consequente sofrimento; e do arrependimento, que é a ânsia de reparar ou compensar o mal que foi causado por você. Se você já passou desse ponto, a autopunição não tem mais serventia para você. É um peso morto. Se você não chegou a arrepender-se, não acha que seja necessário reparar ou compensar o mal que causou, talvez esteja entrando ou já entrou num processo de vitimização e autopiedade. Reconheça seus erros, levando em conta que muitas vezes erramos tentando fazer o que nos parece melhor em determinadas circunstâncias.
Reconheça seus erros, reveja os sentimentos e valores que o levaram a cometer deslizes e adotar comportamentos errados, abra-se consigo mesmo. Você certamente já se deu conta disso, mas não custa perguntar: Você já se deu conta de que você mesmo é sua única companhia obrigatória? Que você vai acompanhar você para o resto dessa vida e para além dela, para sempre? Você já percebeu que você está com você em todos os momentos da sua vida, bons e maus, aproveitando os benefícios e sofrendo os malefícios? Se importe mais consigo mesmo. Respeite mais a si mesmo. E, acima de tudo, seja seu melhor amigo! Abra-se consigo mesmo, conte de seus velhos medos, de suas vergonhas, fraquezas que só você conhece. Cure essas feridas, seja amoroso consigo. Você precisa de você.

Perdoe-se! Faça as pazes com você, e comece já a mudar seu padrão de pensamentos e sentimentos. Controle seus pensamentos, eles são determinantes para o que você faz de você. Ame mais, comece por amar a você mesmo. Se não amar a você, como vai amar a seu próximo? Devemos amar o próximo como a nós mesmos, e devemos amar muito ao nosso próximo. Isso quer dizer que você deve amar-se muito, muito mesmo. Devemos perdoar ao próximo: “Perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido.” A quem você acha que está pedindo para perdoar as suas ofensas do mesmo modo que você perdoa a quem o ofendeu? Quem você acha que julga seus erros e ofensas? Deus? Não, Deus não julga, essa parte compete a nós mesmos, manifestações de Deus que somos.
Somos nós que nos julgamos, somos nós que nos condenamos e somos nós que na maioria das vezes nos esquecemos de nós mesmos no fundo do cárcere da autopunição. Depois de já ter cumprido a pena a que inconscientemente nos impomos, ficamos esquecidos na masmorra suja do remorso inútil esperando por nossa própria clemência. Então tenha consideração por você mesmo, reveja seus conceitos, tome mais cuidado com suas atitudes para com você mesmo e para com o próximo. Acima de tudo, seja um vigilante atento dos seus pensamentos. Conduza seus pensamentos para o lado positivo das coisas, pois tudo na vida tem seu lado bom, quando queremos vê-lo. É muito importante que você perdoe ao próximo. Na verdade, é imprescindível. Mas antes disso, perdoe a si mesmo. Já está mais do que na hora.

Morel Felipe Wilkon
 http://www.espiritoimortal.com.br