segunda-feira, 12 de março de 2012

ATIRE A PRIMEIRA PEDRA

Qualquer análise que façamos sobre o comportamento sexual dessa ou daquela pessoa, somos obrigados a lembrar sempre de Deus, “que julga em última instância, que vê os movimentos íntimos de cada coração e que, por conseguinte, desculpa muitas vezes as faltas que censuramos, ou reprova o que relevamos, porque conhece o móvel de todos os atos. 


Lembremo-nos de que nós, que clamamos em altas vozes anátemas, teremos quiçá cometido falta mais grave” do que a pessoa que censuramos.
Jesus, que proclamou a sentença: “atire-lhe a primeira pedra aquele que estiver isento de pecado”
Essa advertência faz da comiseração uma obrigação para nós outros, porque ninguém há que não necessite, para si próprio, de indulgência. 
“Ela nos ensina que não devemos julgar com mais severidade os outros, do que nos julgamos a nós mesmos, nem condenar em outrem aquilo de que nos absolvemos. 
Antes de profligarmos a alguém uma falta, vejamos se a mesma censura não nos pode ser feita.” 


É importante observar que Jesus, avaliando equívocos e quedas, nas aldeias do espírito, haja selecionado aquela da mulher, em falhas do sexo, para emitir a sua memorável sentença: "aquele que estiver sem pecado atire a primeira pedra".


O sábio Espírito Emmanuel explica que “no rol das defecções, deserções, fraquezas e delitos do mundo, os problemas afetivos se mostram de tal modo encravados no ser humano que pessoa alguma da Terra haja escapado, no conjunto das existências consecutivas, aos chamados "erros do amor".” 


Penetremos cada um de nós nos recessos da própria alma, e, se conseguimos apresentar comportamento irrepreensível, no imediatismo da vida prática ante os dias que correm, indaguemos, com sinceridade, quanto às próprias tendências. 


“Quem não haja varado transes difíceis, nas áreas do coração, no período da reencarnação em que se encontre, investigue as próprias inclinações e anseios no campo íntimo, e, em sã consciência, verificará que não se acha ausente do emaranhado de conflitos, que remanescem do acervo de lutas sexuais da Humanidade.”


Recordemos que estamos emergindo de um passado longínquo, em que estivemos mergulhados nos labirintos dos desequilíbrios na área afetiva, a fim de que as bênçãos do aprendizado se nos fixem na consciência a Lei do amor. Achamo-nos muito longe da pureza do coração , por isso mesmo, se alguém nos parece cair, sob enganos do sentimento, não critiquemos , ao invés disso silenciemos e oremos a seu benefício.


Para com qualquer pessoa que se nos afigura desmoronar em delito sentimental, sejamos caridosos! Nenhum de nós consegue conhecer-se tão exatamente, a ponto de saber
hoje qual a dimensão da experiência afetiva que nos espera no futuro. Silenciemos ante as supostas culpas do próximo, porquanto nenhum de nós, por agora, é capaz de medir a parte de responsabilidade que nos compete a cada um nas irreflexões e desequilíbrios dos outros.


“A vista disso, muitos de nossos erros imaginários no mundo são caminhos certos para o bem, ao passo que muitos de nossos acertos hipotéticos são trilhas para o mal de que nos desvencilharemos, um dia!... Abençoai e amai sempre.
Diante de toda e qualquer desarmonia do mundo afetivo, seja com quem for e como for, colocai-vos, em pensamento, no lugar dos acusados, analisando as vossas tendências mais íntimas e, após verificardes se estais em condições de censurar alguém, escutai, no âmago da consciência, o apelo inolvidável do Cristo: 


"Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei.”

Jorge Hessen
http://jorgehessen.net

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