Há um Deus, inteligência suprema, causa primária de todas as coisas.
No estado de inferioridade em que ainda se encontram, só muito dificilmente podem os homens compreender que Deus seja infinito. Vendo-se limitados e circunscritos, eles o imaginam também circunscrito, figuram-no quais eles são, à imagem e semelhança deles.
Os quadros em que o vemos com traços humanos contribuem para entreter esse erro no espírito das massas, que nele adoram mais a forma que o pensamento.
Para a maioria, é Ele um soberano poderoso, sentado num trono inacessível e perdido na imensidade dos céus.
Não compreendem que Deus possa e se digne de intervir diretamente nas pequeninas coisas.
A prova da existência de Deus
Temo-la neste axioma: “Não há efeito sem causa”.
Vemos constantemente uma imensidade de efeitos, cuja causa não está na Humanidade, pois que a humanidade é imponente para produzi-los, ou, sequer, para explicar.
A causa está acima da Humanidade. É a essa causa que se chama Deus, Jeová, Alá, Brama, Fo-Hi, Grande Espírito, etc.
Tais efeitos absolutamente não se produzem ao acaso, fortuitamente e em desordem. Desde a organização do mais pequenino inseto, e da mais insignificante semente, até a Lei que rege os mundos que circulam no Espaço, tudo atesta uma idéia diretora, uma combinação, uma providência, uma solicitude que ultrapassam todas as combinações humanas. A causa é, pois, soberanamente inteligente.
Lançando o olhar em torno de si, sobre as obras da Natureza, notando a providência, a sabedoria, a harmonia que presidem a essas obras, reconhece o observador não haver nenhuma que não ultrapasse os limites da mais portentosa inteligência humana. Ora, desde que o homem não as pode produzir, é que elas são produto de uma inteligência superior à Humanidade, a menos se sustente que há efeito sem causa.
A existência do relógio atesta a existência do relojoeiro; a engenhosidade do mecanismo lhe atesta a inteligência e o saber. Outro tanto ocorre com o mecanismo do Universo.
Deus não se mostra, mas se revela pelas suas obras.
A existência de Deus é, pois, uma realidade comprovada não só pela revelação, como pela evidência material dos fatos. Os povos selvagens nenhuma revelação tiveram; entretanto, crêem instintivamente na existência de um poder sobrehumano.
Eles vêem coisas que estão acima das possibilidades do homem e deduzem que essas provêm de um ente superior à Humanidade. Não demonstram raciocinar com mais lógica do que os que pretendem que tais coisas se fizeram a si mesmas?
O conhecimento da verdade sobre Deus, sobre o mundo e a vida é o que há de essencial pois é Ele que nos inspira, nos sustenta e nos dirige, mesmo à nossa revelia.
Fontes: baseado no livro dos Espíritos.
Cap.I As Causas Primárias.
Expositor: Francine
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