segunda-feira, 22 de agosto de 2011

O AMOR É O QUE AMOR FAZ


"Fazei aos homens tudo o que queirais que eles vos façam, pois é nisto que consistem a lei e os profetas.” (Mateus, cap. VII, v.12.)
No Evangelho de Jesus, o AMOR é a base de todos os ensinamentos. Nas religiões não-cristãs, ele é a harmonia entre o espírito e seu passado.
Nos livros de auto-ajuda é chamado de motivação, entusiasmo. Nas tarefas rotineiras do dia a dia, é o que combate a depressão.
Nas difíceis batalhas do nosso espírito, ele é o que nos nortearia o rumo a seguir. E mesmo sabendo de tudo isso, muitas vezes nos esquecemos de que o amor é algo para ser vivido, praticado, demonstrado, realizado.

James C. Hunter, autor de “O monge e o executivo”, lembra que “o amor é o que amor faz”. E acrescenta:
“AMOR NÃO É COMO NOS SENTIMOS EM RELAÇÃO AOS OUTROS, MAS COMO NOS COMPORTAMOS”.

Ou seja, amar é agir, e ação é algo que nos pertence.
E, agindo com amor, conheceremos a cura para diversos males da alma, como:

- CULPA – Um dos sentimentos mais terríveis que assola o espírito é a culpa, derivada de nossos erros pretéritos e a consciência que temos dele, em dolorido arrependimento. Não temos como voltar no tempo para refazer a história, mas podemos tentar corrigir os passos futuros, aliviando-nos a consciência. Foi o que ensinou o apóstolo Pedro quando disse que “o amor cobre uma multidão de pecados” (I Pedro, 4:8). Mas o amor é o que amor faz, então precisamos colocar o amor nas palavras, usando de respeito e cordialidade; nos gestos, com gentileza e simpatia; na maneira de compreender os outros, com paciência e tolerância; nas ações, colocando muitas vezes a necessidade do outro diante da de si próprio. Em uma versão protestante da Bíblia (tradução João Ferreira de Almeida), a passagem diz “a caridade cobre uma multidão dos pecados”. Ou seja: amor em ação = caridade!

- SOLIDÃO – Quantos depoimentos ouvimos sobre a solidão na juventude, a solidão a dois no casamento, a solidão na terceira idade. Mas não para quem age com amor. Quem se sente só, normalmente exige o amor de outrem, mas não dedica o seu próprio. E dedicar amor significa dedicar tempo: quantas instituições que cuidam de crianças carentes precisam de voluntários – de todas as idades – para todas as funções, desde ajudar no preparo das refeições, até aulas de reforço ou monitoramento para atividades de lazer? Quantos asilos abrigam idosos carentes de um ouvido amigo e palavras de encorajamento? Quantos de nossos familiares não estão precisando, neste momento, de uma ajuda, talvez numa tarefa doméstica, ou de uma conversa motivadora? O espírito Sanson, em O Evangelho Segundo o Espiritismo (p.189) revela que “amar (...) é considerar como sua a grande família humana”. E como o amor é o que amor faz, quem ama agindo, não tem tempo para sentir-se só.

- DESÂNIMO – A palavra “ânimo”, no Michaelis, é sinônima de “Alma, espírito, mente”.
Quando sentimos verdadeiro desânimo da vida, é como se a alma tivesse desaparecido, deixando no lugar imenso vazio. Por que?
Porque o amor deixou de ser praticado. Perdeu-se o comportamento amoroso no dia a dia.

Amar também é sinônimo de CUIDAR.
Cuide com amor da sua casa, zelando pela boa conservação dos seus pertences; tenha prazer em enfeitar a mesa do jantar, ainda que o menu seja o simples prato cotidiano e a visita for apenas os de casa; cuide com carinho de suas plantas. Cuidar com amor é o segredo para combater o desânimo, ou seja, encher de ‘alma’ nossas ações e sentimentos.

Amigo leitor, a grande mensagem do mestre Jesus era sobre o poder do amor. Ele sabia que amando o próximo, seríamos mais leves. Seríamos menos só. Seríamos mais felizes. Ele amou agindo, ou viveu amando, nos mostrando que esse era o caminho. E essa caminhada, por sua vez, é a ação que nos pertence rumo a uma vida mais plena de significado. Que saibamos amar, fazendo!

ÂNGELA MORAES
O consolador

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