segunda-feira, 18 de julho de 2011

A VIDA QUE NÃO MORRE


"Quando o homem compreender; em toda a sua magnitude, o fenômeno da morte e o consequente despertar do Espírito, poderá contribuir de maneira eficiente para o desprendimento dos moribundos no seu leito de agonia. "
Joanna de Ângelis (livro "Temas da Vida e da Morte"
psicografia de Divaldo P. Franco

A revista "VEJA", edição de nº 1953, de 26/04/2006, página 78, sob o título "O fim sem fim", traz a reportagem sobre as dificuldades enfrentadas por determinados médicos em atestarem a morte encefálica devido a sua formação moral e religiosa, da qual pinçamos o trecho que se segue:

"A definição de morte é um consenso na comunidade científica: ela se dá no momento em que o cérebro (e não o coração) pára de funcionar.
No Brasil, a legislação também segue esse critério para definir o momento em que uma pessoa morre. Mesmo assim, este permanece um campo nebuloso para muitos profissionais de saúde - inclusive para médicos intensivistas, acostumados a lidar todos os dias com pacientes prestes a morrer, num leito de UTI. Segundo pesquisa que acaba de ser divulgada pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib), em parceria com a Associação Brasileira de Órgãos (ABTO), muitos médicos que trabalham em centros de terapia intensiva consideram a identificação e a notificação de casos de morte encefálica (ou cerebral) uma tarefa complicada."

Em nosso artigo gostaríamos de lembrar os ensinamentos espíritas de que, enquanto a medicina da Terra se debate no diagnóstico sobre o que ocorre com o corpo físico, o ser imortal continua a sua vida aguardando o instante de sua liberação dos laços materiais.

Essa colocação que parece óbvia para espíritas ou espiritualistas precisa, a nosso ver, não ser esquecida para que o Espírito não venha a ser prejudicado com atitudes e comentários daqueles que circundam, de forma direta ou indireta, o ser material vitimado pela morte encefálica.
Tanto a atitude de indiferença para com aquele ser humano cuja morte encefálica está sendo cogitada, como o desespero dos familiares podem ser altamente prejudiciais para o Espírito que aguarda o seu instante de libertação dos laços fisicos.

Em dezembro de 1971, o saudoso missionário da Doutrina Espírita Francisco Cândido Xavier, participou de uma espécie de debate promovido por um determinado canal de televisão da época, onde perguntas feitas pelos componentes de uma comissão escolhidos pela entidade promotora de tal evento, continham questionamentos dirigidos à Chico que eram respondidos com o amparo de Emmanuel e demais componentes da equipe espiritual que lhe dava assistência.

Cremos que os esclarecimentos sobre a eutanásia podem ser aproveitados nessa oportunidade da divulgação desta reportagem da revista "VEJA", no que se refere ao estado do Espírito que ainda permanece ligado aos laços do corpo.

A questão dirigida ao Chico, perguntava que postura tomar perante a eutanásia e se o Espírito continuava ligado ao corpo mantido vivo através das aparelhagens que a medicina dispunha para alcançar tal intento.
Queremos destacar que o que iremos transscrever encontra-se no livro "Plantão De Respostas" - Pinga Fogo II, da Editora CEU:

"Os profissionais e responsáveis por pacientes que consentem com a prática da eutanásia, imbuídos de idéias materialistas, desconhecem a realidade maior quanto à imortalidade do espírito. A morte voluntária é entendida como o fim de todos os sofrimentos, mas trata-se de considerável engano. A fuga de uma situação dificil, como a enfermidade, não resolverá as causas profundas que a produziram, já que estas se encontram em nossa consciência.
É necessário confiar, antes de tudo, na Providência Divina, já que tais situações consistem em valiosas lições em processos de depuração do espírito. Os momentos dificeis serão seguidos, mais tarde, por momentos felizes. Deve-se lembrar também que a ciência médica avança todos os dias e que males, antes incuráveis, hoje recebem tratamento adequado, além disso, em mais de uma ocasião já se verificaram casos de cura em pacientes desenganados pelos médicos. Quanto à outra questão, respondemos que sim, os aparelhos conseguem fazer com que o espírito permaneça ligado a seu corpo por meios de laços do perispírito."

Devido aos dois ensinamentos que destacamos do texto, devemos envidar todos os esforços, por mais tristes sejam os acontecimentos, para que de nossa vibração positiva, da nossa fé, da nossa certeza na imortalidade, o Espírito que se encontra em tão delicada situação possa ser alcançado por sentimentos que o auxiliem a aguardar com maior tranquilidade os desígnios da Providência Divina.

Ricardo Orestes Forni - RIE

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