sexta-feira, 1 de abril de 2011

A ADOÇÃO


A adoção constitui o maior exemplo prático da máxima cristã que diz:
“fazei aos outros aquilo que gostaríeis que fizessem a ti”.

Coloquemo-nos no lugar das crianças abandonadas, sejam em orfanatos, sejam nas ruas. Não possuem a referência de um pai e de uma mãe e muito menos da constituição familiar tradicional, que tanto educa e que é de suma importância ao espírito que inicia uma nova encarnação.

Trazer uma criança órfã para dentro de um lar com o intuito de ministrar-lhe atenção individualizada, carinho, afeto, orientação, ser educada e evangelizada nos preceitos cristãos trazidos pela “boa nova” é uma das maiores caridades que pode ser exercida.

Mas engana-se aquele que acha que a adoção se resume em um simples gesto caridoso. Existem comprometimentos espirituais entre adotado e adotante, e a providência divina se encarrega de colocar esses espíritos novamente em um convívio salutar para o adiantamento moral de cada um.

Se a união dessas almas não é possível através dos lanços de consanguinidade, serão aproximadas por intermédio da adoção, como nos ensina várias obras mediúnicas, entre elas o livro “E a Vida Continua”, de André Luiz, psicografado por Chico Xavier.

Segundo Richard Simonetti, “há Espíritos que reencarnam para serem filhos adotivos. Esta situação faz parte de suas provações, geralmente porque no passado comportaram-se de forma indigna em relação aos deveres familiares. Voltam ao convívio dos companheiros do pretérito sem laços de consanguinidade, o que para os Espíritos de mediana evolução representa sempre uma provação difícil, destinada a ensiná-los a valorizar a vida familiar”.

A responsabilidade dos adotantes, portanto, é ainda maior. É preciso uma dedicação ainda mais intensa por parte dos pais, enquanto educadores e evangelizadores desse espírito que lhes foi confiado por meio da adoção, a fim de diminuir os efeitos de eventual trauma que o adotado possa desencadear quando do conhecimento de sua situação.

Quiçá um dia não haverá mais orfanatos em nosso planeta, onde o real sentimento de fraternidade tomará conta de todos os corações e crianças abandonadas possam ser recebidas de braços abertos em famílias dignas e honradas com os compromissos mais sublimes e elevados da existência física.

Fábio Gallinaro e Maria Lúcia dos Santos Gallinaro
Portal do Espírito

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