Como fica a relação entre a consciência da mãe e a prática do aborto?Uma mãe que não tem muita consciência do que seja realmente o aborto, poderá vir a sofrer sua prática da mesma forma que uma mãe que o pratica com plena consciência?
A lei de causa e efeito é profundamente dinâmica e se assenta na intencionalidade daquele que produz as suas ações e pensamentos. Os efeitos portanto são relativos ao grau de consciência daquele(a) que agiu. Logo uma mãe que não tem consciência de que o aborto é um crime terá os atenuantes inerentes ao seu nível de percepção da verdade. Outrossim, quem faz aborto, mesmo tendo a consciência que é um crime, necessariamente não será abortado, porque a Lei Divina encontra mil formas disponíveis ao homem/espírito para reverter um efeito negativo mediante novas ações construtivas assim refazendo o resultado final do uso do seu livre-arbítrio. Diz Emmanuel que o mal só chega se o bem não chegar primeiro. Considerando as ações do homem e suas repercussões finais. Refazemos o destino a cada dia dentro da lei de causa e efeito.
No momento do aborto, o espírito da criancinha assassinada sempre está presente, ou é socorrido antes do início do ato macabro?
O nível de consciência do abortado varia de acordo com o grau de evolução dele podendo sofrer ou não as conseqüências funestas do ato descabido.
Para onde vai o Espírito do nenenzinho abortado logo após o seu desencarne? Por quem ele é recebido, o que ocorre com ele?
O espírito abortado habitualmente assume a sua consciência de "adulto" passando a enfrentar a situação problema/desafio podendo reagir com ódio até o extremo oposto de agir perdoando.
Quando de um aborto, quem contrai maior dívida: a mãe que aborta? O médico que pratica o aborto? As pessoas próximas da mãe que não lhe garantiram apoio para aceitar a criancinha?
A responsabilidade derivada do crime do aborto se distribui de acordo com o nível de entendimento por parte daqueles envolvidos no crime. Há responsabilidade da mãe, do pai, das famílias e da sociedade. Quando um aborto é exercido num bolsão de miséria entre pessoas indigentes, este crim e se contabiliza sobretudo à sociedade. Allan Kardec destaca a responsabilidade do homem em três níveis: o pessoal, o familiar e perante a sociedade. Logo essas três instâncias estão envolvidas em maior ou menor proporção em cada aborto cometido.
Duas perguntas: Como agir diante de mulheres gestantes vítimas de estupro, desejosas de fazerem aborto? No caso de um abuso, qual sua opinião?
O crime foi cometido pelo violador da integridade física e sexual da mulher e a penalidade deve recair sobre ele. À criança (espírito) resultado do estupro não se lhe pode imputar nenhuma culpa, logo ela é tão "vítima" quanto a mãe necessitando ambas de apoio integral. Que a mãe permita a gestação chegar a termo e doe a criança ao Estado caso não se sinta capaz de criá-la. Abortar entretanto, é solução enganosa pois que não resolve a violência já ocorrida, ao contrário, é outra violência que se superpõe à anterior.
Alberto, qual a opção mais correta nos casos em que a mãe corre risco de vida, qual a prioridade de escolha e há mérito para a mãe que opta pela vida de seu filho?
A mãe deve estar com todas as informações oferecidas pela equipe médica sobre o percentual de risco de vida que corre levando a gestação adiante. Daí poderá optar pela sua vida (na linguagem do direito estado de necessidade), ou optar por correr o risco (na linguagem espírita estado de amor/sacrifício). Entretanto, se ela quiser sofrer o risco por desejar ocultamente morrer, nesse caso, há suicídio e não devotamento.
Como se poderia reparar, pelo amor, um aborto?
Amando a vida, musicalizando a existência através de ações que promovam e protejam a vida de qualquer tamanho de qualquer espécie e em qualquer circunstância. Ser "mãe/pai" dos "filhos" necessitados do mundo, maternar e "paternar" onde houver necessidade e onde for chamado a dar o seu testemunho. Bem afirmava Pedro em sua carta "O amor cobre a multidão dos erros".
Palestra virtual promovida por irc-espiritismo
Palestante: Alberto Almeida, de Belém do Pará, médico homeopata,formado em transpessoal com especialização em terapia regressiva a vivências passadas.Espírita de berço.
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