O homem, vivendo em sociedade, tem deveres para com ela, cumprindo-he contribuir para o seu progresso, participando ativamente do programa estabelecido.
Alienar-se, a pretexto de servir a Deus, portanto, à vida espiritual, jamais se justifica, não encontrando apoio no exemplo que o próprio Mestre ofereceu, Ele que jamais se escusava.
Participou de uma boda, santificando-a; das Festas habituais do povo, não se imiscuindo nas venalidades e paixões que estas permitiam; visitou um cobrador de impostos, que O convidara, dignificando-lhe o lar; hospedou-se com a família de Betânia, inúmeras vezes, alargando o círculo da fraternidade; albergou no coração a mulher equivocada, lecionando solidariedade; esteve no Templo e na Sinagoga reiteradas vezes, sem preconceito nem desprezo, e todos os Seus atos se fizeram caracterizar pela naturalidade, discrição e honorabilidade. Nasceu num período festivo. A ocasião do recenseamento – e morreu durante as alegrias evocativas da Páscoa, demonstrando que a vida é um poema de júbilos em nome o Amor. Nunca, tampouco, se apartou de Deus e do dever.
Dá a tua contribuição a Deus. Não, através de coisas e palavras. Sejam: a tua hora de misericórdia – o momento de Deus; o teu instante de reflexão elevada – o de união com Deus; o teu silêncio ante a ofensa – o de cooperação com Deus; a tua ação caridosa – a de contributo a Deus; a tua dedicação ao próximo. A dádiva que encaminhas a Deus; o teu sofrimento resignado – a demonstração de confiança em Deus...
Todos os teus recursos morais canalizados para a verdade e a elevação constituam o teu concurso, oferenda a Deus.
Viver no mundo, amando a vida e servindo ao mundo sem escravidão e a Deus com emoção, eis o ideal para que o homem alcance a finalidade excelente, para a qual se encontra reencarnado.
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