Não existem maridos e esposas, pais e filhos, dirigentes e dirigidos, amigos e parentes. Somos todos professores e alunos, partilhando a mesma Escola da Vida, aprendendo uns com os outros.
Os papéis que representamos na atual encarnação são aspectos passageiros da personalidade humana, que ocultam a nossa essência verdadeira.
Se pudermos enxergar o que há por trás dessa máscara transitória, aí então compreenderemos a razão de nossos relacionamentos, encontros, reencontros e desencontros; e descobriremos seu significado real.
Nossas necessidades de ascensão evolutiva atraem para nossas vidas indivíduos que têm interiormente fragmentos de lições ou de advertências que precisamos assimilar.
Nossos traços de personalidade são caracterizados pela forma costumeira através da qual percebemos o meio ambiente e a nós mesmos, assim como pela nossa habitual maneira de nos comportar e reagir diante do mundo.
O caráter distintivo das pessoas é um produto complexo das influências do meio em que viveram desde os primeiros dias como bebê (em alguns casos, mesmo antes, no próprio ventre materno) somado às predisposições inatas (resultado de vidas pretéritas).
Ninguém escolhe ter um temperamento complicado intencionalmente.
Quem buscaria, de propósito, edificar para si uma personalidade hipersensível, obsessivo-compulsiva, narcisista, possessivo- agressiva, superdependente, maníaco-depressiva, excessivamente ansiosa ou obcecada por detalhes?
Precisamos compreender e respeitar as dificuldades de mudança das criaturas. Mudar implica longo processo de “demolição / reconstrução”.
Não se trata apenas de escutar certas regras de conduta, mas sim de desembaraçar-se de outras tantas acumuladas nas noites do tempo.
Portanto, com que direito decidimos o que está certo ou errado e impomos isso a alguém?
Muitos de nós temos o habito de dar “lições de moral” aos outros. Na vida, cabe-nos tão só, promover diálogos fraternos de ajuda mútua; encontros sinceros de alma para alma.
Conviver e Melhorar
Francisco do Espírito Santo Neto.
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