sexta-feira, 24 de setembro de 2010

OBSESSORES

[…] A morte, como sabemos, não nos livra dos nossos inimigos; os Espíritos vingativos perseguem, muitas vezes, com seu ódio, no além-túmulo, aqueles contra os quais guardam rancor[.. .]
ESE item 6 capítulo X


Essa observação de Kardec, faz entender porque o  Espiritismo é contra a pena de morte.
Que a pessoa condenada, passa para o mundo espiritual, e continua agindo na invisibilidade, perseguindo os seus desafetos.
Embora sofrendo os horrores de uma morte violenta seu comportamento criminoso tenderá a permanecer a iniciativas de vingança, próprias de seu caráter.
O ideal seria aplicar a sábia orientação de Jesus (Mateus, 9:12):
Não necessitam de médico os sãos, mas, sim, os doentes.
O criminoso é um doente moral.
Deve ser tratado e não supostamente eliminado.

Nas reuniões mediúnicas de desobsessão, causa perplexidade o grande número de Espíritos que exercem vingança por prejuízos sofridos em pretérita existência Perseguem os responsáveis, impondo-lhes variados problemas de saúde física e psíquica.
Parecem ter perdido o contato com a realidade, dominados pelo desejo de revide, sem atentarem ao passar do tempo, contabilizando, não raro, dezenas de anos e até séculos.
Localizam e assediam seus desafetos com a intenção de submetê-los a toda sorte de sofrimentos e desajustes.
É difícil lidar com um Espírito nessa condição, fixado na idéia de que seus desafetos, que tanto o fizeram sofrer, devem experimentar sofrimentos mil vezes acentuados.
Inútil racionalizar, dizendo-lhe que responderá por seus atos, que está sendo insensível, que não está agindo de conformidade com as leis divinas. É impermeável aos apelos da razão.
Obsessão
As causas da obsessão variam, de acordo com o caráter do Espírito. É, às vezes, uma vingança que este toma de um indivíduo de quem guarda queixas da sua vida presente ou do tempo de outra existência. Muitas vezes, também, não há mais do que o desejo de fazer mal: o Espírito, como sofre, entende de fazer que os outros sofram; encontra uma espécie de gozo em os atormentar, em os vexar, e a impaciência que por isso a vítima demonstra mais o exacerba, porque esse é o objetivo que colima, ao passo que a paciência o leva a cansar-se. Com o irritar-se e mostrar-se despeitado, o perseguido faz exatamente o que quer o seu perseguidor.
Esses Espíritos agem, não raro, por ódio e inveja do bem; daí o lançarem suas vistas malfazejas sobre as pessoas mais honestas.

Um deles se apegou como “tinha” a uma honrada família do nosso conhecimento, à qual, aliás, não teve a satisfação de enganar.
Interrogado acerca do motivo por que se agarrara a pessoas distintas, em vez de o fazer a homens maus como ele, respondeu:
Estes não me causam inveja.
Outros são guiados por um sentimento de covardia, que os induz a se aproveitarem da fraqueza moral de certos indivíduos, que eles sabem incapazes de lhes resistirem.
Um destes últimos, que subjugava um rapaz de inteligência muito apoucada, interrogado sobre os motivos dessa escolha, respondeu:
Tenho grandíssima necessidade de atormentar alguém; uma pessoa criteriosa me repeliria; ligo-me a um idiota, que nenhuma força me opõe.

B.V.E

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