O ser humano na Terra tem o costume de se apossar das coisas. E diz, frequentemente: isto é meu! Aquilo me pertence!
Ele almeja possuir pessoas para chamar de suas: minha mãe, meu pai, minha mulher, meu marido, meus filhos.
E também imagina poder agarrar-se aos momentos, razão pela qual conserva gavetas de recordações, mesmo sabendo que tudo agora é passado e que o que retém não passam de objetos.
As coisas, as pessoas, os momentos. Pensamos poder tomá-los para nós. Mas as coisas são empréstimos de Deus, as pessoas são seres livres para decidirem sobre si mesmas, e o passado simplesmente não existe.
No entanto, existe algo que realmente nos pertence, que ninguém pode nos roubar, algo que podemos de fato dispor da maneira como bem entendermos. Este tesouro incalculável é o tempo presente.
É curioso que uma das expressões mais ouvidas no nosso cotidiano seja "não tenho tempo".
Mas o problema não está no tempo: está em nós, quase sempre incompetentes na sua administração.
Cada um faz com seu tempo o que bem quer.
Há quem use o tempo para ganhar dinheiro, quem o use para estudar.
Há aqueles que estão só brincando.
Há os que oram, e os que blasfemam.
Diz Herculano Pires, em "Astronautas do Além" (ed. GEEM): reclamamos do tempo o que devíamos reclamar de nós mesmos (...)
Se aproveitarmos com inteligência e cuidado cada minuto que passa, veremos que Deus nos concedeu tempo para tudo o que temos realmente de fazer nesta vida.
RITA FOELKER
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