“O silêncio e o recolhimento são mais fáceis
e tudo se passa como em família”.
O Livro dos Médiuns — capítulo 29 — ítem 335
Outros existem que nem se dão conta de quais sejam suas emoções, e ainda há os que estão caminhando para utilizá-las em seu crescimento.
A meditação emocional é uma forma de lidarmos com a afetividade, estimulando-a sob a influência de visualizações mentais criativas, sadias e moralmente enobrecedoras.
Despertar afeto significa colocar o outro e nós mesmos na tela mental das reflexões, dilatando a empatia e procurando senti-lo, entendê-lo, perscrutar-lhe as ações, procedendo a uma avaliação dos relacionamentos, dos fatos rotineiros, dos cuidados, das ocorrências ditosas e das menos felizes, fazendo um apanhado das atitudes, elaborando mentalizações de conduta honesta e reta, sempre desculpando o outro e estudando a si mesmo, descobrindo as causas profundas das decisões e dos impulsos.
Em verdade, meditar não substitui a ação. A caridade é o maior exercício de Amor e despertamento da sensibilidade, conquanto tenhamos na meditação um instrumento que será absorvido com facilidade pelas pessoas habituadas à autoavaliação ou que estejam predispostas a aprendê-la, fortalecendo o desejo e enrijecendo as disposições para conviver bem.
Semelhante iniciativa demanda permanente postura de auto-avaliação, descobrindo, em nós, quais as causas reais para o que sentimos, pensamos e fazemos nos relacionamentos.
O estudo de nós próprios, seguido de ações renovadoras, será responsável pelo estabelecimento de elos mais duradouros e enriquecedores, mormente com aqueles os quais temos à conta de desafetos do cotidiano. Daí a importância da meditação sobre os episódios diários que nos cercam a convivência.
Escolha um momento mais disponível em que estejas mais relaxado e liberado das obrigações rotineiras, mais descansado fisicamente, ou então nos finais de noite, como preparo indispensável ao sono.
Faça uma prece a seu Espírito protetor e mantenha-se por um tempo pequeno apenas sentindo o clima da oração, assossegando a mente, relaxando as tensões físicas, formando o “piso mental” para a meditação.
Em seguida inicie a leitura das frases por nós sugeridas e detenha-se naquela que mais lhe desperte interesse, remetendo-se em seguida a uma meditação sobre suas vivências em grupo, seja na instituição doutrinária seja nos campos de ação de sua vida pessoal.
Especialmente procure voltar a meditação para os acontecimentos em que a consciência chamou-te à integridade do comportamento, e reflita nos “porquês” de tua conduta; analisa nas lembranças os móveis de tua ação, e agora repensa o agir, os novos contatos, projetando uma atitude feliz e equilibrada, conduzindo teus raciocínios para a medida corretiva; ora novamente suplicando a Deus as reservas de força que carecerás para encetar o novo comportamento; enleia-te na imagem mental do abraço fraternal com o outro, sempre perdoando-lhe as ações e descuidos.
Vai-te acostumando a essa auto-avaliação sempre e com o tempo a busca de ti mesmo passará a ser espontânea. Sentirás uma imperiosa necessidade de entenderes tuas decisões, tuas distrações, teus instantes gloriosos, tuas decepções, teus sucessos, tuas amarguras, tuas expectativas frustradas, penetrando na intimidade, na alma dos acontecimentos, extraindo dali o contingente da realidade “não visível”, “não palpável” ao homem fisiológico desatento dos deveres do autoencontro.
Sem conheceres bem a ti mesmo, jamais te tornará apto a compreenderes a ação alheia.
Estando bem contigo, conseguirás ser a mão amiga, o coração acolhedor e a diretriz para quem partilha tua presença.
Jesus, o educador incomparável, estabeleceu o vós sois a luz do mundo como sendo delicioso convite para que nós, os seus aprendizes, sejamos constante estímulo aos viajantes dos grupamentos de nossa convivência, espargindo alegria, esperança, bondade e paz.
segue abaixo a lista para a Meditação Emocional.
Nenhum comentário:
Postar um comentário