sexta-feira, 27 de agosto de 2010

MOLÉSTIAS DO CORPO

Em face dos esforços da Medicina, como devemos considerar a saúde?
– Para o homem da Terra, a saúde pode significar o equilíbrio perfeito dos órgãos materiais; para o plano espiritual, todavia, a saúde é a perfeita harmonia da alma, para obtenção da qual, muitas vezes, há necessidade da contribuição preciosa das moléstias e deficiências transitórias da Terra.

Toda moléstia do corpo tem ascendentes espirituais?
– As chagas da alma se manifestam através do envoltório humano. O corpo doente reflete o panorama interior do Espírito enfermo. A patogenia é um conjunto de inferioridades do aparelho psíquico.
E é ainda na alma que reside a fonte primária de todos os recursos medicamentosos definitivos. A assistência farmacêutica do mundo não pode remover as causas transcendentes do caráter mórbido dos indivíduos. O remédio eficaz está na ação do próprio Espírito enfermiço.
Podeis objetar que as injeções e os comprimidos suprimem a dor; todavia, o mal ressurgirá mais tarde nas células do corpo. Indagareis, aflitos, quanto às moléstias incuráveis pela ciência da Terra e eu vos direi que a reencarnação, em si mesma, nas circunstâncias do mundo envelhecido nos abusos, já representa uma estação de tratamento e de cura e que há enfermidades d‘alma, tão persistentes, que podem reclamar várias estações sucessivas, com a mesma intensidade nos processos regeneradores.

Se as enfermidades são de origem espiritual, é justo a aplicação dos medicamentos humanos, a cirurgia, etc., etc.?
– O homem deve mobilizar todos os recursos ao seu alcance, em favor do seu equilíbrio orgânico. Por muito tempo ainda, a Humanidade não poderá prescindir da contribuição do clínico, do cirurgião e do farmacêutico, missionários do bem coletivo. O homem tratará da saúde do corpo, até que aprenda a preservá-lo e defendê-lo, conservando a preciosa saúde de sua alma.
Acima de tudo, temos de reconhecer que os serviços de defesa das energias orgânicas, nos processos humanos, como atualmente se verificam, asseguram a estabilidade de uma grande oficina de esforços santificadores no mundo. Quando, porém, o homem espiritual dominar o homem físico, os elementos medicamentosos da Terra estarão transformados na excelência dos recursos psíquicos e essa grande oficina achar-se-á  levada a santuário de forças e possibilidades espirituais junto das almas.

Por que não será permitida às entidades espirituais a revelação dos processos de cura da lepra, do câncer, etc.?
– Antes de qualquer consideração, devemos examinar a lei das provações e a necessidade de sua execução plena.
Na própria natureza da Terra e na organização de fluidos inerentes ao planeta, residem todos esses recursos, até hoje inapreendidos pela ciência dos homens. Jesus curava os leprosos com a simples imposição de suas mãos divinas.
O plano espiritual não pode quebrar o ritmo das leis do esforço próprio, como a direção de uma escola não pode decifrar os problemas relativos à evolução de seus discípulos.
Além de tudo, a doença incurável traz consigo profundos benefícios. Que seria das criaturas terrestres sem as moléstias dolorosas que lhes apodrecem a vaidade? Até onde poderiam ir o orgulho e o personalismo do espírito humano, sem a constante ameaça de uma carne frágil e atormentada?
Observamos as dádivas de Deus no terreno das grandes descobertas, mobilizadas para a guerra de extermínio, e contemplemos com simpatia os hospitais isolados e escuros, onde, tantas vezes, a alma humana se recolhe para as necessárias meditações.

Podem os Espíritos amigos atuar sobre a flora microbiana, nas moléstias incuráveis, atenuando os sofrimentos da criatura?
– As entidades amigas podem diminuir a intensidade da dor nas doenças incuráveis, bem como afastá-la
completamente, se esse benefício puder ser levado a efeito no quadro das provas individuais, sob os desígnios sábios e misericordiosos do plano superior.
Perguntas: 95,96,97,101,102

O Consolador
Chico Xavier
Emmanuel

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