Fraudes
A significação do termo é burla, logro, engano.
Pressupõe uma atitude pensada previamente com a finalidade de fazer parecer verdadeira uma coisa que é falsa.
Nas fraudes, podemos considerar que elas podem ser produzidas por:
• Falsos médiuns: espertalhões e pessoas pouco escrupulosas que usam a falsa mediunidade para explorarem as pessoas que os procuram. Utilizam a prestidigitação, o ilusionismo, auferindo lucros materiais e vantagens pessoais.
• Verdadeiros médiuns: indivíduos que apesar de realmente possuírem a faculdade mediúnica, sem qualidades morais que enobrecem este dom, não medem esforços em "ajudar" a realização dos fenômenos quando os Espíritos não os provocam, ou, ainda, quando demoram a agir ou se ausentam.
As fraudes acontecem mais freqüentemente na realização dos fenômenos objetivos ou efeitos físicos, tais como: materialização, transporte, transfiguração, operações espirituais, etc.
Pelo fato de pessoas inescrupulosas utilizarem o dom mediúnico para fraudarem, ou falsos médiuns falsearem manifestações dos Espíritos, não é argumento suficiente para dizer que a mediunidade não existe.
Outro fator importante é analisarmos se existe o interesse pessoal ou vantagens financeiras.
Fiquemos a tento quanto as fraudes, analise sempre:
a) Desinteresse material e pessoal na realização dos fenômenos ou prática mediúnica;
b) Conhecimento do Espiritismo que explica o mecanismo das comunicações e o intercâmbio entre os dois planos material e espiritual;
c) Moralidade notória dos médiuns;
d) Estudo prévio da Doutrina Espírita para todos os que vão participar de atividades mediúnicas;
e) Ausência de todas as causas de interesse material ou de amor próprio estimulando a provocação dos fenômenos.
Mistificações
Mistificar significa enganar, burlar, ludibriar, abusar da credulidade dos outros.
Embora todos os cuidados que o exercício da mediunidade exigem, nenhum médium está isento de ser mistificado.
Nas mistificações, o medianeiro é colocado em situações ridículas, apresentando comunicações absurdas, mentirosas, vazias em seu conteúdo. Os Espíritos agem e o médium não participa da farsa.
Ele poderá, algumas vezes, deixar passar informações de seu próprio inconsciente, sem a presença de entidades espirituais, mas, neste caso, é um fenômeno anímico e não se trata de mistificação.
Geralmente, as mistificações ocorrem com maior frequência nos fenômenos subjetivos, de natureza inteligente, como a psicofonia e a psicografia. Allan Kardec nos aconselha:
"Como garantia contra a mistificações, não devemos exigir do Espiritismo, senão o que ele pode e deve nos oferecer; seu fim é a melhoria moral da humanidade; se nós não nos afastarmos deste ponto, jamais seremos enganados, porque não há duas maneiras de compreender a verdadeira moral, aquela que pode ser admitida por todo homem de bom senso."
"O papel dos Espíritos não é de ensiná-los as coisas deste mundo, mas de guiá-los de modo seguro naquilo que lhes pode ser útil no outro."
Em [LM - it 303] Kardec indaga:
"Por que Deus permite que pessoas sinceras e que aceitam o Espiritismo de boa fé, sejam mistificadas, isto não lhes acarretaria o inconveniente de abalar a crença?"
R - "Se isto lhes abalar a crença, é porque sua fé não é muito sólida, quem renuncia ao Espiritismo por um simples desapontamento prova que não o compreende e não o toma em sua parte séria. Deus permite as mistificações para provar a perseverança dos verdadeiros adeptos e punir os que fazem do Espiritismo um objeto de divertimento."
As mistificações mais comuns são:
• Revelação de tesouros ocultos;
• Anúncios de herança ou outras fontes de riqueza;
• Predição com épocas determinadas;
• Indicações relativas a interesses materiais;
• Teorias ou sistemas científicos ousados; Enfim, tudo o que se afasta do objetivo moral das comunicações.
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