terça-feira, 6 de julho de 2010

ORIENTAÇÃO RELIGIOSA

1 - Quando marido e mulher não têm a mesma religião sempre surgem atritos quanto à orientação religiosa dos filhos. O que se deve fazer?
Não esperar pelos atritos. É um assunto que deve ser muito bem conversado e acertado, antes do casamento, partindo do velho princípio: o que é tratado não é caro.

2 - Não seria melhor deixar os próprios filhos decidirem mais tarde, evitando problemas?
Um dos maiores problemas do adolescente é a falta de orientação religiosa. Deixar de ministrá-la é crime de lesa-criança.

3 - E quem vai cuidar dessa orientação?
O cônjuge com maior disponibilidade de tempo e disposição para as providências necessárias.

4 - Isso quase equivale dizer que nesses casos a função é da mulher.
Não apenas nesses casos. De um modo geral a mulher tem maior contato com as crianças e, sem dúvida, em face de sua sensibilidade, leva mais jeito.

5 - Sou espírita e tenho plena convicção de que o Espiritismo está muito adiante de outras religiões na orientação para a vida. Será justo deixar à minha mulher, que tem outra religião, a tarefa de orientar meus filhos nesse sentido?
Ela certamente pensa o mesmo em relação à religião que professa. Considere que não é fundamental que seus filhos sejam espíritas, mas que tenham uma religião.

6 - Não será constrangedor ver meus filhos orientados por princípios distanciados das realidades espirituais mostradas pela Doutrina Espírita?
Enquanto pequenos importará apenas o aspecto moral, onde há identidade entre as religiões. Na medida em que crescerem a curiosidade os levará a cogitar de seus princípios.

7 - Há algo que possa ser feito para despertar esse
interesse?
Sim, cultivando valores de amizade, honestidade, respeito, carinho... Assim demonstrará a excelência da Doutrina Espírita, capaz de transformá-lo num chefe de família muito amado.

8 - Seria atrair pela força do exemplo?
Isso é fundamental. Tenho visto jovens com aversão pelo Espiritismo por culpa dos pais. Estes frequentam o Centro Espírita, proclamam suas convicções, mas não as vivenciam no lar. Passam uma imagem negativa aos
filhos, que associam seu comportamento imaturo à Doutrina.

Não Pise na Bola
Richard Simonetti

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