A natureza oferece-nos a lição permanente da ressurreição. A vida é uma sucessão de ciclos. Nada morre. Nada se acaba. Tudo volta na morte aparente e na ressurreição permanente. Acontece com os homens, que vão e voltam, na sucessão das gerações.
Os pregoeiros da vida única, condoídos da morte intuitiva, querem separar o homem da natureza, torná-lo criatura marginal na obra de Deus. Mas Deus nos ensina, a cada momento, que nada se acaba, que tudo se renova.
Deus planta-nos os signos das coisas, a ressurreição do dia e da noite; as estações do ano, dos séculos e dos milênios; o ritmo dos vegetais; o ciclo das águas; a rotação da Terra e dos astros.
Tudo nos lembra a renovação constante da vida que jamais perece. A relva rompe-se nas calçadas de pedra e nas lajes dos túmulos. É a vida que renasce triunfante, negando a morte.
A linguagem simbólica de Deus na natureza adverte-nos que nada se acaba, que tudo se transforma, num impulso da evolução.
Uma estrela apaga-se no céu e outra nasce. Mas a visão espiritual, no seio de todas as grandes religiões, proclama em todo o mundo a ressurreição do homem, após a morte, ressuscitando o Espírito,
como ensina o apóstolo Paulo, através da reencarnação.
Há duas formas de ressurreição: morremos na Terra para ressuscitarmos na vida espiritual; morremos no mundo dos Espíritos para nascermos no mundo dos homens. Cada nascimento na Terra é uma ressurreição na carne.
“Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre, essa é a lei”, proclamou Kardec.
J. Herculano Pires
No Limiar do Amanhã
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