sexta-feira, 11 de junho de 2010

Nada podemos levar

Os Espíritos Superiores responderam a Allan Kardec que a alma nada leva deste mundo a não ser a lembrança e o desejo de ir para um mundo melhor, lembrança cheia de doçura ou de amargor, conforme o uso que ela fez da vida. Quanto mais pura for, melhor compreenderá a futilidade do que deixa na Terra.
No Evangelho Segundo o Espiritismo, Blaise Pascal ditou uma mensagem que resume bem este aspecto:
“O homem não possui de seu senão o que pode levar deste mundo."
 O que encontra ao chegar, e o que deixa ao partir, goza durante sua permanência na Terra; mas, uma vez que é forçado a abandoná-lo, dele não tem senão o gozo e não a posse real.
Que possui ele pois? Nada daquilo que é para uso do corpo, tudo o que é de uso da alma: a inteligência, os conhecimentos, as qualidades morais; eis o que traz e o que leva, o que não está no poder de ninguém lhe tirar, o que lhe servirá mais ainda no outro mundo do que neste; dele depende ser mais rico em sua partida do que em sua chegada, porque daquilo que tiver adquirido em bem depende sua posição futura.”
Portanto, compreendemos que o Espírito sofre as consequências de todas as imperfeições que não conseguiu corrigir na vida terrena. A alma traz dentro de si o inferno ou o paraíso, não importa onde se encontre.
“A cada um segundo as suas obras, no Céu com na Terra: tal é a Lei da Justiça Divina”, já dizia Allan Kardec. Se durante a vida terrena, a Entidade Espiritual passou somente preocupada em satisfazer o seu próprio egoísmo, após a morte pode não ultrapassar os planos grosseiros, as zonas das trevas, as regiões mais densas do mundo espiritual.

O DESPERTAR DA BORBOLETA

Reflexões sobre a passagem da vida terrena para a espiritual

Um comentário:

Oscar disse...

Muito esclarecedor este texto, gostei muito.