terça-feira, 8 de junho de 2010

Isto é Pecado!?

Espiritismo não tem por filosofia escravizar o homem a esta ou aquela postura externa, mas sim esclarecê-lo da realidade maior da vida e lhe mostrar as leis que regem seu destino como ser espiritual temporariamente encarnado neste mundo.
A base da conduta espírita é a liberdade de consciência ou exercício do livre arbitrio. E para que o individuo exerça esta liberdade de consciência, em pleno conhecimento de seus direitos e responsabilidades, o Espiritismo lhe mostra que todas suas ações, dentro do ordenamento moral do Universo, tem consequências.
Ações direcionadas ao bem resultam na felicidade do individuo e ações direcionadas ao mal resultam no sofrimento.
Assim, diante das opções apresentadas pela vida, o Espiritismo mostra ao individuo quais os caminhos pelos quais encontrará maior felicidade - consequência natural de um comportamento sádio, direcionado pelo amor a Deus e ao próximo.
E quais caminhos o levarão a situações de desequilibrio, que inevitalmente o atarão a ciclos de dor e culpa.

O grande diferencial desta postura com a de dogmas ou padrões estabelecidos a "ferro e fogo", é que ela valoriza a transformação interior. Transformação voluntária e regida pela compreensão do que se está fazendo e de onde se quer chegar. Diferentemente de um comportamento exterior forçado pelas circunstâncias, há a adesão voluntária a um conjunto de ideais de vida.
Respeitando a postura filosófica espírita, o que podemos responder aos irmãos que nos questionam quanto ao penalidades; a sociedade alterna grande liberalidade e forte penitência, e que todos devem viver responsavelmente.
Alegria com moderação, dentro de uma conduta respeitosa consigo mesmo e com o próximo, e consciência tranquila.
Que se evitem os excessos de todo o tipo, principalmente dos que atordoam a mente e levam a atitudes degradandes do ser, e aproveitem tranquilamente a alegria de compartilhar com amigos e familiares alguns dias de folga e diversão.
E para os que acabaram exagerando nos excessos, comprometendo-se - em maior ou menor grau - com ações desaconselháveis; a recomendação de que aproveitem para refletir o quanto valem alguns momentos de gozo fugazes em troca de toda a aflição que vem depois. Se não lhes seria melhor um pouco de moderação, com menos intoxicação dos sentidos, em troca de uma situação mais equilibrada e com menos sofrimento. Sabendo que não há como escapar do "a cada um segundo seus obras", pensem se não valeria a pena agir diferentemente da próxima vez ...

Extraído do texto de:
Carlos Iglesia
Grupo de Estudos Avançados Espíritas

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