segunda-feira, 14 de junho de 2010

Adaptação no Plano Espiritual

Marlene Nobre, no seu excelente livro “Nossa Vida no Além”, nos relata que “a adaptação ‘ao outro lado’ da vida varia de acordo com o grau evolutivo do Espírito.
Para a imensa maioria dos desencarnados de evolução espiritual mediana, ela não se faz senão lentamente, influenciada por inúmeros fatores.
Para os de condição inferior, a permanência nos planos da sombra representa sofrimento em graus diversos, vida desorganizada, sevícias cruéis ou aprofundamento nos caminhos improdutivos da ignorância, com requintes de maldade.
Os assuntos pendentes de toda ordem – financeiros, emocionais, afetivos e, principalmente, o complexo de culpa – trazidos da crosta, vão exercer papel preponderante no estado de ânimo dos convalescentes espirituais, influindo, diretamente,na adaptação deles à Vida Nova” Outros fatores que dificultam a adaptação do Espírito nesta fase de transição no novo Plano, são a saudade dos entes queridos que ficaram e a sua formação religiosa.
A grande deficiência da maioria das religiões é que elas não preparam seus fiéis para a morte.
Como ilustração, vamos relatar um trecho, extraído do livro “Cartas de Uma Morta”, ditadas por d. Maria João de Deus, mãe de Chico Xavier, através do próprio médium, onde relata as impressões iniciais da sua vida no Além:


Para mim, meu caro filho, as últimas impressões da existência terrena e os primeiros dias transcorridos depois da morte foram muito amargos e dolorosos. Quero crer que a angústia, que naquele momento avassalou a minh’alma, originou-se da profunda mágoa que me ocasionava a separação do lar e dos afetos familiares, pois, apesar de crer na imortalidade, sempre enchiam-me de pavor os aparatos da morte; e dentro do catolicismo, que eu professava fervorasamente, atemorizava-me a perspectiva de uma eterna ausência. Lutei, enquanto me permitiram as forças físicas, contra a influência aniquiladora do meu corpo; mas foi uma luta singular a que sustentei, como sói acontecer aos corações maternos, quando periga a tranquilidade dos seus filhos.
Unicamente esse amor obrigava-me ao apego à vida, porque os sofrimentos, que já havia experimentado, desprendiam-me de todo o prazer que ainda pudesse me advir da coisa terrestres.”


Como podemos ver, a formação religiosa e os afetos deixados na vida terrena,exercem uma influência muito grande na fase de adaptação à nova vida na espiritualidade.
No caso da mãe de Chico Xavier, tinha forte influênvia da religião católica (“... a perspectiva de uma eterna ausência...”) e a sua maior dor e preocupação era com os 9 (nove) filhos que deixou, todos eles na idade infanto-juvenil.


O DESPERTAR DA BORBOLETA
Reflexões sobre a passagem da vida terrena para a espiritual

Um comentário:

Oscar disse...

Oi Amiga, mais uma vez parabens, sua postagem, leva esclarecimento, porque muitos se dizem espíritas, apenas de ir ao Centro ou algumas reuniões, e aqui só não eles mas todos que quiserem entender, compreender, encontraram neste blog o esclarecimento que procuram. Um dia de paz e muita luz para você.