quarta-feira, 2 de junho de 2010

14ªaula G.E.de Estudos e Trabalhos Mediúnicos

Capítulo 13
Médiuns Escreventes e Falantes
Os Espíritos podem manifestar-se entre os encarnados através de inúmeras maneiras. A primeira condição para que haja um intercâmbio entre as duas esferas da vida, é que o encarnado seja portador da capacidade mediúnica. Faculdade essa, que não se revela da mesma maneira em todos. Geralmente, os médiuns têm uma aptidão especial para os fenômenos desta ou daquela ordem, donde resulta que formam tantas variedades quantas são as espécies de manifestações.
a) Psicografia: meio de comunicação mediúnica a se traduzir através da escrita
b) Psicofonia: intercâmbio mediúnico a se realizar através da fala.

Classificação dos Médiuns Escreventes
a) Médiuns Escreventes Mecânicos: a aptidão do médium permite ao Espírito comunicante atuar diretamente no centro motor correspondente à mão, impulsionando-a de modo independente da sua vontade. A mão se move sem interrupção e sem embargo. O que caracteriza o fenômeno é o total desconhecimento do médium sobre o que escreve. É uma faculdade preciosa, pois não deixa dúvida alguma sobre a independência do pensamento daquele que se comunica. O papel do médium mecânico se assemelha ao de uma máquina copiadora. São raros os médiuns portadores dessa capacidade.
b) Médiuns Escreventes Semimecânicos: o médium sente que a sua mão uma impulsão é dada, mal grado seu, mas, ao mesmo tempo, tem consciência do que escreve à medida que as palavras se formam. É mais comum esse tipo de capacidade.
c) Médiuns Escreventes Intuitivos: aqueles com quem os Espíritos se comunicam pelo pensamento e cuja mão é conduzida voluntariamente. O médium sente sua vontade dirigida por outra, sua postura é mais atuante. O papel do médium então é o de transmitir o pensamento do Espírito, livre como o faria um intérprete. Tem plena consciência do que escreve, embora não exprima o seu próprio pensamento. No princípio do desenvolvimento da faculdade, o médium tem dificuldade em distinguir o que é seu e o que não é. Segundo Kardec, é possível reconhecer-se o pensamento sugerido, por não ser nunca preconcebido, nasce à medida que a escrita vai sendo traçada e, algumas vezes, é contrária à idéia que antecipadamente se formara.

Classificação dos Médiuns Falantes
a) Médiuns Falantes Inconscientes: a psicofonia inconsciente se processa sem a ligação dos centros conscientes do cérebro mediúnico à mente do hóspede que a utiliza. Este psiquismo mediúnico cede espontaneamente seus recursos ao Espírito comunicante, sem qualquer dificuldade para desligar-se, de maneira automática, do campo sensório, perdendo, provisoriamente, o contato com os centros motores da vida cerebral. Por isso é que o Espírito comunicante tem maior possibilidade de intervenção "material", tais como: alteração no tom de voz, caracterização de sotaque, podendo até alterar momentaneamente a fisionomia do médium que, ao sair do transe, não guardará lembrança do ocorrido no momento do fenômeno. O médium pode permanecer mais próximo e atento ao organismo físico ou mais tranqüilo e
afastado, embora sempre presente e responsável. O que determina o maior ou menor afastamento é o estado de equilíbrio e o grau evolutivo do Espírito comunicante.
Importante: a psicofonia inconsciente se evidencia em duas condições:
1º) aos médiuns que possuam méritos morais suficientes à própria defesa;
2º) nos obsessos que se renderam às forças vampirizadoras.

b) Médiuns Falantes Semiconscientes: o médium cederia ao Espírito comunicante o comando do centro motor correspondente à fala, mas se manteria informado do fenômeno, ou seja, teria de forma mais ou menos lúcida, consciência do que o Espírito estaria falando ou fazendo através do seu corpo. Os médiuns semiconscientes costumam guardar com maior clareza as sensações e as emoções. Com relação às palavras a lembrança é mais vaga. Esta faculdade aparece com mais freqüência.
c) Médiuns Falantes Conscientes: os centros motores cerebrais do médium permanecem no comando das suas funções e o médium se mantém informado de tudo o que acontece, podendo conhecer as palavra na sua formação, arquivando-as de maneira automática, no centro da memória.

Classificação dos Médiuns segundo o Grau de Desenvolvimento da Faculdade
a) Médiuns Novatos: são inseguros, resistentes aos fenômenos ou descontrolados. As faculdades não devidamente adestradas traduzem as comunicações de forma lenta, destorcidas, mal filtradas. O médium tem maior dificuldade de refazimento. Geralmente duvida da veracidade da comunicação.
b) Médiuns Experimentados: a transmissão das comunicações é feita com facilidade e presteza, sem hesitação. Concebe-se que este seja resultado de exercício metódico, continuado e regular. O médium experimentado tem condições de fazer distinção do Espírito comunicante.
É resultado de um estudo sério de todas as dificuldades que se apresentam na prática do Espiritismo.
Segundo Kardec, o mal é que muitos médiuns confundem experiência - fruto do estudo, com aptidão - produto da organização física.
c) Médiuns Improdutivos: os que não chegam a obter mais do que coisas insignificantes, monossílabos, traços ou letras sem conexão, frases incompletas, idéias corriqueiras, etc...
Por outro lado, também podem ser prolixos, com comunicações sobrecarregadas de repetições e termos impróprios.
"O médium por si mesmo nada representa, e jamais deverá adotar a pretensão de realizar isto ou aquilo sem antes observar se, realmente, é influenciado pelas verdadeiras forças espirituais superiores." Yvonne A. Pereira
Bibliografia
1) Livro dos Médiuns - Allan Kardec
2) Nos Domínios da Mediunidade - André Luiz / Chico Xavier
3) Memórias de um Suicida - Yvonne A. Pereira
4) Recordações da Mediunidade - Yvonne A. Pereira

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