quinta-feira, 6 de maio de 2010

Serão possíveis as comunicações entre alma e os viventes?

Essa possibilidade foi demonstrada pela experiência, e, uma vez estabelecido o fato das relações entre o mundo visível e o mundo invisível, e conhecidos à natureza, o princípio e o modo dessas relações, abriu-se um novo campo à observação, encontrando-se a chave de grande número de problemas.
O que faz nascer na mente de muitas pessoas a dúvida sobre a possibilidade das comunicações de além-túmulo, é a ideia falsa que tem do estado da alma depois da morte.
Para muitos, afigura-se-lhes ser um sopro, uma fumaça, uma coisa vaga e apenas admissível ao pensamento, que se evapora e vai, não se sabe para onde, mas, para lugar tão distante que se custa a compreender como possa voltar a Terra.
Se ao contrário, for considerada unida a um corpo fluídico, semimaterial, formando com ele um ser concreto e individual, as suas relações com os viventes nada têm de incompatível com a razão.
O mundo visível, vivendo no meio do invisível, com o qual está em contato perpétuo, origina uma incessante reação de cada um deles sobre o outro. E pode-se dizer que, desde que houve homens, houve também Espíritos, e que, se estes têm o poder de se manifestar, devem tê-lo feito em todas as épocas e entre todos os povos.
Todos os Espíritos, em dadas circunstâncias, podem manifestar-se aos homens, e o número dos que podem comunicar-se é indefinido.
As relações entre os mundos visível e invisível podem ser ocultas, espontâneas ou provocadas.
Os Espíritos atuam sobre os homens de modo oculto, sugerindo-lhes pensamentos e influenciando-os, de modo patente, por meio de efeitos apreciáveis aos sentidos.
As manifestações espontâneas dão-se inesperadamente e de improviso; elas se produzem, muitas vezes, entre as pessoas mais estranhas às ideias espíritas e que, por isso, não tendo meios de explicá-las, atribuem-nas a causas sobrenaturais. As que são provocadas, dá-se por intermédio de certos indivíduos dotados, para isso, de faculdades especiais e designados pelo nome de médiuns, que lhes servem de instrumento e de interpretes.
Os Espíritos constituem o mundo invisível estão por toda parte; povoam os espaços até o infinito; há Espíritos incessantemente ao nosso redor e com eles estamos em contato.

Os Espíritos podem manifestar-se de muitas maneiras diferentes:
Pela audição, Pelo tato, produzindo ruídos e movimentos de corpos, pela escrita, pelo desenho, pela música, etc...
Às vezes, os Espíritos se manifestam espontaneamente por pancadas e ruídos; é este, muitas vezes, o meio que eles empregam para chamar sobre si a atenção, exatamente como nós, quando batemos para dar aviso de que está alguém a porta.
Alguns não se limitam a ruídos moderados, pois produzem um som semelhante à louça que cai e se espedaça, portas que se abrem e fecham com estrondo, móveis lançados ao chão, e alguns chegam mesmo a causar uma perturbação real e verdadeiros estragos.
Há Espíritos de todos os graus de bondade e de malícia, de saber e de ignorância.
Os Espíritos estão submetidos à lei do progresso e todos podem chegar à perfeição, mas como dispõem do livre-arbítrio alcançam-na dentro de um tempo mais ou menos longo, segundo os seus esforços e a sua vontade.
São felizes ou infelizes, conforme o bem ou mal que fizeram durante a vida e o grau de desenvolvimento a que chegaram; a felicidade perfeita e sem nuvens só é alcançada pêlos que chegaram ao supremo grau de perfeição.
Reconhecemos a superioridade e a inferioridade dos Espíritos pela linguagem: os bons só aconselham o bem e só dizem coisas boas; os maus enganam e todas as suas palavras trazem o cunho da imperfeição e da ignorância.

GRUPO ESPÍRITA DE ESTUDOS E TRABALHOS MEDIÚNICOS

CURSO BÁSICO DE ESPIRITISMO

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