segunda-feira, 26 de abril de 2010

Evangelizando

Qual a melhor maneira de abordar junto às crianças maiores, ao pré-adolescente e ao adolescente, assuntos tais como sexualidade, homossexualismo, drogas, vícios e mediunidade?
Sempre à luz da Doutrina. Procure ler "Sexo, Amor e Educação" de Celso Martins; "Vida e Sexo" de Emmanuel. Procure ler também "Educação & Vivências" de Camilo, psic. de J.R.Teixeira; "No Limiar do Infinito"de Joanna de Ângelis, psic.D.P.Franco.
Depois de estudar o assunto, promova debates e estudos em grupos, utilizando-se de textos sobre o assunto. No final de um ciclo de estudos e debates, convide uma pessoa de sua confiança para um "bate papo" ou "tira-dúvidas", onde a pessoa expõe por alguns minutos, abrindo para perguntas depois. No item "mediunidade" além dos estudos em grupos e entrevistas com médiuns, procure também levar os jovens à assistirem reuniões mediúnicas (com exceção da reunião de desobsessão), com a devida autorização dos dirigentes das mesmas.

Na sua opinião, como proceder com evangelizandos problemáticos? Eles estão no Segundo Ciclo (9/10 anos) e não se interessam, pois têm dificuldade para ler não conseguem participar.
"Não são os sãos que precisam de médico" é afirmativa de Jesus. Os problemáticos são os que mais precisam de ajuda. Se eles têm dificuldade para ler, procure trabalhar com atividades práticas, material concreto e artes. Mas faça tudo com entusiamos, em clima de alegria interior.

De que forma o evangelizador deve agir com relação às diversas carências da criança? Não só carência material, mas, principalmente, a carência afetiva.
A carência afetiva é a maior de todas. A criança precisa receber muito amor e carinho. Procure criar um clima de afeto sincero, onde reine a amizade e o espírito de colaboração entre todos. Mas comece dando o exemplo, sem exigir resposta imediata.

Há quem ache que para se trabalhar com Evangelização Infanto-juvenil tem que ser jovem. Como o senhor vê esta questão?
Jovem de espírito sim. O Evangelizador deve ser alegre, otimista, ter fé e confiança na vida e em Deus, para manter o entusiamo e estimular a VONTADE das crianças e dos jovens. Quanto a idade fisiológica, pouco importa. Acho mesmo que o evangelizador deve começar o mais cedo possível (temos colaboradores de 13/14 anos) mas deve trabalhar sempre, enquanto tiver forças para isso, sem limite de idade. A experiência dos menos jovens pode ser preciosa.

Crê o Senhor que apenas um encontro semanal entre crianças/adolescentes e evangelizadores é suficiente para passar toda a conceituação que se pretende através da Evangelização Espírita?
Esse encontro semanal é o mínimo que podemos fazer. Sempre que possível, devemos ampliar as atividades, criando grupos de artes (grupo de teatro, grupo de dança, grupo de música, etc...), incentivar a participação nas atividades assistenciais, visitas, passeios, etc...

Gostaria de informações acerca da evangelização de adultos, especialmente os grupos de pais que se formam em paralelo às aulas de evangelização infantil e de mocidade, uma vez que muitos desses pais têm pouco ou nenhum conhecimento doutrinário. Como elaborar um programa para atendê-los?
Sugerimos iniciar estudando em grupo, tipo "mesa redonda" com "O Evangelho Segundo o Espiritismo" ou mesmo com "O Livro dos Espíritos". Seria interessante abrir um espaço para a colocação de assuntos referente à "família" e a educação dos filhos. Existem boas obras que tratam do assunto como: "SOS Família" de Joanna de Ângelis-D.P.Franco; "Laços de Família" de Divaldo P.Franco e outros; "Nossos Filhos são Espíritos" de Herminio C.Miranda.

Entrevistado: Walter Oliveira Alves

CVDEE

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