quarta-feira, 7 de abril de 2010

Centro Espírita

Sabemos que muitos trabalhadores voluntários começam suas atividades com muito empenho, dedicam-se com carinho e, depois, desaparecem.

Quais são os fatores que causam a desistência do trabalho de um voluntário?

Três são os principais fatores e, tomando providências em relação a eles, certamente esse mal vai diminuir consideravelmente.
Vamos aos três fatores e às providências a serem tomadas pelo dirigente do Centro Espírita.

Continuação da Postagem feita no dia 05/04/10
2º PASSO
TENHA COMO FOCO O FATO DE O CENTRO ESPÍRITA SER UMA ESCOLA COM O OBJETIVO DE EDUCAR O ESPÍRITO IMORTAL.

Muitos freqüentadores de Centros Espíritas confundem-no com uma Casa de Recuperação onde o doente vai com um mal do corpo ou do espírito, cura-se e depois volta para sua residência, esquecendo-se completamente da importância do Centro Espírita em sua vida. Também acontece de o convalescente não ter acesso à profundidade da Doutrina Espírita, o que ocorre na maioria das vezes.
Não pense que o Centro Espírita não deixa de ser uma Casa de Recuperação. Ele o é, sim. Mas como um meio, não como um fim. A pessoa que enxerga o Centro Espírita principalmente como uma Casa de Recuperação tem uma visão desfocada do Espiritismo.
Uma Casa de Recuperação atende um doente por tempo determinado, até que ele esteja curado.
O Centro Espírita não é uma Casa de Recuperação, apesar de poder e dever agir como tal (mas repito, como um meio, não como um fim). O Centro Espírita é, sim, uma escola que tem o objetivo de educar . para sempre, e não por tempo determinado o espírito imortal.

Por que, hoje, muitos indivíduos procuram o Centro Espírita para se curar de um mal qualquer e uma vez curados não voltam mais?
Porque o espírita está, de forma errônea, vendendo a imagem do seu Centro Espírita como sendo uma Casa de Recuperação.


3º PASSO
PASSE A DIFUNDIR A IDÉIA DE QUE TRABALHAR VOLUNTARIAMENTE NAS OBRAS ESPÍRITAS NÃO É OBRIGAÇÃO É REALIZAÇÃO

Também é comum os Centros Espíritas mesmo que inconscientemente venderem a idéia de que o trabalho voluntário no meio espírita é, por tudo o que recebemos do alto, uma OBRIGAÇÃO. Apesar de realmente nos caber a obrigação de trabalhar em prol do próximo, essa obrigação seria muito mais prazerosa se a entendêssemos como uma REALIZAÇÃO PESSOAL.
Portanto, cabe ao dirigente do Centro Espírita difundir a idéia de que o trabalho voluntário no meio espírita é muito mais REALIZAÇÃO PESSOAL do que obrigação.
As pessoas não se sentem bem por fazerem algo obrigadas.
O que traz bem-estar a elas é fazer algo que traga realização pessoal.
Os discípulos de Jesus seguiram-no não por obrigação, mas por realização. Com Jesus, encontraram a si mesmos, entenderam o significado da vida, enfim, realizaram-se.
Quando o Centro Espírita conseguir vender a idéia de que o trabalho voluntário não é obrigação (assim podemos até dizer), mas realização, haverá muitos trabalhadores na casa espírita, pois o que toda pessoa mais quer em sua vida é alcançar sua realização pessoal.

Livro: O trabalho Voluntário na Casa Espírita
Alkíndar de Oliveira

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