terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

A CURA REAL


Não trate apenas dos sintomas, tentando eliminá-los sem que a causa da enfermidade
 seja também extinta.
A cura real somente acontece do interior para o exterior .....
Sim, diga a seu médico que você tem dor no peito, mas diga também que sua dor é dor de tristeza, é dor de angústia.
Conte a seu médico que você tem azia, mas descubra o motivo pelo qual você, com seu gênio, aumenta a produção de ácidos no estômago.
Relate que você tem diabetes.
No entanto, não se esqueça de dizer também que não está encontrando mais doçura em sua vida e que está muito difícil suportar o peso de suas frustrações.
Mencione que você sofre de enxaqueca, todavia confesse que padece com seu perfeccionismo, com a autocrítica, que é muito sensível à crítica alheia e demasiadamente ansioso.
Muitos querem se curar, mas poucos estão dispostos a neutralizar em si o ácido da calúnia, o veneno da inveja, o bacilo do pessimismo e o câncer do egoísmo.
Não querem mudar de vida ...
Procuram a cura de um câncer, mas se recusam a abrir mão de uma simples mágoa.
Pretendem a desobstrução das artérias coronárias, mas querem continuar com o peito fechado pelo rancor e pela agressividade.
Almejam a cura de problemas oculares, todavia não retira dos olhos a venda do criticismo e da maledicência.
Pedem a solução para a depressão, entretanto, não abrem mão do orgulho ferido e do forte sentimento de decepção em relação a perdas experimentadas...
Suplicam auxílio para os problemas de tireoide, mas não cuidam de suas frustrações e ressentimentos, não levantam a voz para expressarem suas legítimas necessidades.
Imploram a cura de um nódulo de mama, todavia, insistem em manter bloqueada a ternura e a afetividade por conta das feridas emocionais do passado.
Clamam pela intercessão divina, porém permanecem surdos aos gritos de socorro que partem de pessoas muito próximas de si mesmos.
Deus nos fala através de mil modos; a enfermidade é um deles e por certo, o principal recado que lhe chega da sabedoria divina é que está faltando mais amor e harmonia em sua vida.
Toda cura é sempre uma autocura e o Evangelho de Jesus é a farmácia onde encontraremos os remédios que nos curam por dentro.
Há dois mil anos esses remédios estão à nossa disposição.
Quando nos decidiremos?


O livro – O médico Jesus – José Carlos de Lucca

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

O PODER DO SILÊNCIO

Aprende com o silêncio a ouvir os sons interiores da sua alma, a calar-se nas discussões e assim evitar tragédias e desafetos...

Aprende com o silêncio a aceitar alguns fatos que você provocou, a ser humilde deixando o orgulho gritar lá fora, evitar reclamações vazias e sem sentido...
Aprende com o silêncio a reparar nas coisas mais simples, valorizar o que é belo, ouvir o que faz algum sentido...
Aprende com o silêncio que a solidão não é o pior castigo, existem companhias bem piores...
Aprende com o silêncio que a vida é boa, que nós só precisamos olhar para o lado certo, ouvir a música certa, ler o livro certo.
Aprende com o silêncio que tudo tem um ciclo, como as marés que insistem em ir e voltar, os pássaros que migram e voltam ao mesmo lugar, como a Terra que faz a volta completa sobre o seu próprio eixo, complete a sua tarefa.


Aprende com o silêncio a respeitar a sua vida, valorizar o seu dia, enxergar em você as qualidades que você possui, equilibrar os defeitos que você tem e sabe que precisa corrigir e enxergar aqueles que você ainda não descobriu.
Aprende com o silêncio a relaxar, mesmo no pior trânsito, na maior das cobranças, na briga mais acalorada, na discussão entre familiares...
Aprende com o silêncio a respeitar o seu "eu", a valorizar o ser humano que você é, a respeitar o Templo que é o seu corpo, e o Santuário que é a sua vida.
Aprende hoje com o silêncio, que gritar não traz respeito, que ouvir ainda é melhor que muito falar...

Na natureza tudo acontece com poder e silêncio, com um silêncio poderoso; por vezes, o silêncio é confundido com fraqueza, apatia ou indiferença.
Pensa-se que a pessoa portadora dessa virtude está impedida de reclamar seus direitos e deve tolerar com passividade todos os abusos.
Acredita-se que o silêncio não combina com o poder, pois este tem se confundido com prepotência e violência.

O Sol nasce e se põe em profunda quietude; move gigantescos sistemas planetários, mas penetra suavemente pela vidraça de uma janela sem a quebrar.
Acaricia as pétalas de uma rosa sem a ferir, e beija as faces de uma criança adormecida sem a acordar; aí uma vez vamos encontrar na natureza lições preciosas a nos dizer que o verdadeiro poder anda de mãos dadas com a quietude.

As estrelas e galáxias descrevem as suas órbitas com estupenda velocidade pelas vias inexploradas do cosmos, mas nunca deram sinal da sua presença pelo mais leve ruído.
O oxigênio, poderoso mantenedor da vida, penetra em nossos pulmões, circula discreto pelo nosso corpo, e nem lhe notamos a presença.
A luz, a vida e o espírito, os maiores poderes do universo, atuam com a suavidade de uma aparente ausência.

Como nos domínios da natureza, o verdadeiro poder do homem não consiste em atos de violência física, quando um homem conquista o verdadeiro poder, toda a antiga violência acaba em benevolência.
A violência é sinal de fraqueza, a benevolência é indício de poder.

Os grandes mestres sabem ser severos e rigorosos sem renegarem a mais perfeita quietude e benevolência.

Deus, que é o supremo poder, age com tamanha quietude que a maioria dos homens nem percebem a Sua ação.

Essa poderosa força, na qual todos estamos mergulhados, mantém o Universo em movimento, faz pulsar o coração dos pássaros, dos bandidos e dos homens de bem, na mais perfeita leveza.
Até mesmo a morte, chega de mansinho e, como hábil cirurgiã, rompe os laços que prendem a alma ao corpo, libertando-a do cativeiro físico.
O verdadeiro poder chega: sem ruído, sem alarde e sem violência.

Autor Desconhecido