domingo, 29 de julho de 2012

OLÁ AMIGOS!


A presença de Deus se nota em toda parte, pois o homem com toda a sua inteligência jamais criaria uma natureza tão perfeita.
Somos parte dessa natureza, somos parte de Deus.
Obrigado Senhor por tudo!
Angel

O ESPIRITISMO EM NÓS

A doutrina dos Espíritos é o farol que ilumina, continuamente, a estrada por onde devemos transitar para alcançarmos a felicidade.
Sempre que somos tentados a penetrar em algum atalho, a luz desse farol brilha mais intensamente, estimulando-nos a não fazê-lo. Muitas vezes, fechamos os olhos e nos deixamos guiar pelo que nos atrai, afastando-nos do caminho por ele iluminado, por fraqueza oriunda das nossas próprias imperfeições, mas ele, o farol lá está, sempre iluminando a estrada principal, facilitando o retorno.
Esse farol está dentro de nós, em consequência ao aprendizado dos ensinos espíritas, quando os entendemos e os aceitamos.
Com clareza e lógica, o espiritismo nos define o objetivo maior da nossa existência na Terra, que é o desenvolvimento espiritual através do estudo, do trabalho, da auto-educação e nessa definição do ideal a ser conquistado, é também o estímulo racional ao esforço perseverante dessa conquista.

Assim, o espiritismo nos dá a finalidade do nosso viver e a estratégia, o método, a maneira do como viver para alcançarmos o desenvolvimento possível.
Mostra-nos que não podemos nos tornar anjos, em poucos anos, mas devemos e podemos viver, visando o ideal da melhoria constante, dentro das nossas possibilidades reais, as quais costumamos subestimar.

O Espiritismo define, com precisão, a responsabilidade de cada um no seu processo evolutivo. Sempre há a ajuda dos Espíritos desencarnados e encarnados, mas a decisão e a tarefa desse desenvolvimento pertencem a cada filho de Deus.

Destaca a importância do conhecer-se a si mesmo para o desenvolvimento das qualidades intrínsecas ao ser espiritual que somos, levando-nos à introspecção interior. Esta ação propicia-nos a perceber, com objetividade, nossos sentimentos, emoções, atitudes e comportamentos, levando-nos ao conhecimento de nós próprios.
A introspecção íntima, honesta, aliada ao esforço no bem, leva-nos a gostar de nós, a termos confiança em nossas possibilidades de aperfeiçoamento, reforçando a confiança em Deus e nas suas leis.

O Espiritismo deixa bem claro que, por mais feio seja o nosso interior, o importante, no estágio evolutivo presente, é o esforço no bem, pelo bem e para o bem, ainda que não consigamos, muitas e muitas vezes, sair da intenção. Ainda assim, em havendo a vontade ativada no bem, estaremos percorrendo o caminho iluminado, que o é para facilitar o trabalho de aprendizado na Terra.
Quanto mais perseveramos nele, mais facilidade, mais aproveitamento teremos nas diversas experiências que a vida nos oferta.

O Espiritismo nos dá uma maneira lógica e racional de interpretarmos o universo, a Terra e os seres que evoluem, continuamente, sob leis justas e sábias, para a perfeição e a felicidade.
Por mais difíceis sejam os percalços da existência de cada um e da sociedade, esta doutrina nos faz compreender que tudo é parte do processo evolutivo e todas as experiências concorrem para o progresso contínuo.
Aliás, aprendemos mais com os erros e desacertos, com as experiências desagradáveis do que com as certas e agradáveis, pois as primeiras, incomodando-nos, estimulam-nos ao esforço de para delas libertarmo-nos, levando-nos a acionar a vontade no uso de todas as nossas energias intelectuais e morais. Aprendemos, então, eliminar ou evitar as causas que as provocam.

O Espiritismo dentro de nós incita-nos ao desenvolvimento dos sentimentos nobres e leva-nos ao esforço de perceber nos outros irmãos iguais a nós, filhos de Deus, também em processo evolutivo.
Essa constatação indica-nos, racionalmente, que se aceitamos Deus e o amamos, não podemos deixar de aceitar e amar a sua criação. E, na vontade de aceitar a todos como irmãos, vamos desenvolvendo o Amor em nós, síntese da lei divina, origem e destino da vida.

Deixemos pois, que o Espiritismo, o consolador prometido por Jesus, penetre dentro de nós, dirigindo nossa inteligência e nossa sensibilidade para que nosso desenvolvimento espiritual aconteça internamente, expressando-se em nossas atitudes e comportamentos externos, mostrando a nós e aos outros, que ele, o Espiritismo nos torna melhores pessoas.


Leda de Almeida Rezende Ebner
de Ribeirão Preto, SP

(Jornal Verdade e Luz Nº 181 de Fevereiro de 2001)

O LIVRO DOS ESPÍRITOS E AS COLÔNIAS ESPIRITUAIS

Na questão 234 de O Livro dos Espíritos, Allan Kardec formulou a seguinte pergunta aos Espíritos Instrutores, no item - Mundos Transitórios - quando aborda questões relativas à “Vida Espírita”:

234 – “Há de fato, como já foi dito, mundos que servem de estações ou pontos de repouso aos Espíritos errantes?
RESPOSTA - “Sim, há mundos particularmente destinados aos seres errantes, mundos que lhes podem servir de habitação temporária, espécies de bivaques de campos onde descansem de uma demasiado longa erraticidade, estado este sempre penoso. (...)

É claro que, como são graduais as revelações dos Espíritos Superiores à humanidade, eles não poderiam em 1857 falar de comunidades de Espíritos errantes, isto é, de Espíritos que aguardam novas reencarnações até chegarem à perfeição espiritual, habitando cidades estruturadas em edificações de natureza sólida na atmosfera terrestre sobre terreno fértil à vegetação, e, em tudo, com estreita semelhança ao que conhecemos na crosta. Seria bem possível que os adversários do Espiritismo diante dessa revelação, e de tamanha heresia, mandassem reacender certamente uma fogueira inquisitorial para queimar Allan Kardec como herege.

Ora, se nos idos de 1980, quando estive pessoalmente com Chico Xavier, em sua casa em Uberaba, ele me contou que, quando estava psicografando o livro Nosso Lar na década de 30, foi tachado de “médium fascinado”, e que ele mesmo ficou muito confuso com toda aquela situação.
Porém, para desfazer tudo isso, o Benfeitor Espiritual André Luiz levou-o em desprendimento num ponto bem acima de “Nosso Lar”, para que ele visse de cima a cidade, e pudesse constatar a realidade do que estava psicografando. Nesse momento, Chico esclareceu-me ainda, que o que ele viu naquela noite está exatamente desenhado no mapa da planta baixa da colônia pela médium Heigorina Cunha, apresentado no livro Cidade No Além.
“NOSSO LAR”, POR CHICO XAVIER

Aos dezesseis anos de idade despertou-me a curiosidade de saber como se vivia “do lado de lá”. Ao ganhar de um amigo espírita o exemplar do livro Nosso Lar, fiquei sabendo como vivem os Espíritos desencarnados na outra dimensão, segundo as narrativas do Espírito André Luiz, pelo médium Chico Xavier que, em sua última existência na Terra, foi médico, descrevendo a vida deles em “Nosso Lar”, cidade localizada no mundo espiritual.

André Luiz conta que após a sua desencarnação permaneceu durante oito anos em estado de perturbação no plano espiritual, em consequência dos erros cometidos, principalmente, na sua juventude. Depois de ser socorrido por uma equipe de Benfeitores Espirituais, residentes em “Nosso Lar”, ele foi levado para tratamento em um hospital dessa cidade, na condição de enfermo espiritual.
Já refeito do seu desequilíbrio, André Luiz descobriu um mundo palpitante pleno de vida e atividades, constatando que os Espíritos desencarnados procedentes da Terra, como ele, passam por um estágio de recuperação e educação espiritual em diversos departamentos especializados dessa cidade. Constatou, também, que lá existem setores para planejamento de novas reencarnações na Terra para esses Espíritos, que trata da escolha da família, da configuração do seu novo corpo, o mapa das provas que deverá passar etc.

OUTRO MÉDIUM FALA DE “NOSSO LAR”
A existência dessa cidade foi comprovada posteriormente pela médium Heigorina Cunha, que, durante o sono, em desdobramento espiritual visitou varias vezes Nosso Lar, utilizando a volitação que é a faculdade que o Espírito goza para deslocar-se pelo espaço afora. Ao despertar no corpo, Heigorina desenhava o que via em suas visitas durante a emancipação de sua alma ao dormir, retratando jardins, avenidas, prédios e até a planta baixa da cidade, que abriga cerca de um milhão de Espíritos desencarnados. Esses desenhos estão reunidos no livro “Cidade no Além”, trabalho mediúnico que recebeu a assistência pessoal do médium Chico Xavier, além de, à guisa de introdução, o Espírito André Luiz, pelo próprio Chico, apresentar 22 anotações em torno de “Nosso Lar”.

COLÔNIA EM ISRAEL
No livro Quando se pretende falar da vida, o jovem de formação israelita Roberto Muszkat, desencarnado em 14 de março de 1979, apresenta 22 mensagens psicografadas através do médium Chico Xavier, endereçadas aos seus pais e familiares. Na mensagem de 16 de novembro de 1979, ele, relatando para a mãe o seu desligamento do corpo, diz da ajuda de seu avô Moszek Aron, o qual, ao pronunciar as palavras “Leshaná Habaá bi-Yerushalayim” (era um adeus, significando o ano que vem em Jerusalém), tranquilizou-o, e fê-lo dormir como uma criança.
Quando acordou, viu-se num leito alvo com a sua avó Rachel velando por ele. Depois de algum tempo, o seu avô Moszek foi ao seu encontro, levando-o ao encontro de outros Espíritos amigos para um recinto dedicado à oração, no amplo educandário-hospital. Esses amigos cantaram o hino Shalom Aleichem (hino que dá as boas-vindas aos anjos da paz, cantado na sexta-feira à noite). “Meu avô em seguida abençoou-me. As lágrimas banharam-me o rosto, enquanto o meu avô promovia o Seder (reunião festiva na primeira e na segunda noite da Páscoa judaica), em cuja reunião tive a oportunidade de fazer muitas perguntas.”
Diz ainda textualmente na mensagem, o Espírito Roberto Muszkat: “Vim, a saber, então, que me achava em Erets Israel (Terra de Israel), ou Terra do Renascimento, cuja beleza é indescritível. Ali, naquela província do Espaço Terrestre, se erguia uma outra cidade luminosa dos Profetas (...). Com estes apontamentos não quero dizer que estava, tanto quanto prossigo, numa cidade privilegiada, porque outras nações as possuem nas esferas que cercam o Planeta, mas aquele recanto era o meu coração pulsando com milhares ou milhões de outros corações, consagrados ao Pai Único”.
Diante dessas informações, acredito que devam existir milhares de colônias em torno da Terra, cada uma reunindo Espíritos afins, de acordo com a raça, religião, cultura, progresso moral etc.

PROVAS CIENTÍFICAS
Agora, se dependermos da oficialização da Ciência humana para comprovar a existência de colônias espirituais, lembremos que, se Allan Kardec precisasse da confirmação científica da existência da alma ou da reencarnação para publicar O Livro dos Espíritos, até hoje ele estaria aguardando o pronunciamento oficial e por muito tempo ainda. Ora, não podemos perder de vista o aspecto REVELADOR do Espiritismo que se antecipou ao conhecimento humano a respeito da existência da alma, da reencarnação, inclusive a do perispírito.
Exemplo dessa antecipação reveladora do Espiritismo é o caso da existência de água no solo de Marte. Desde 1939, o Espírito Humberto de Campos, através do médium Chico Xavier, no livro Novas Mensagens, fala dessa existência, no entanto, somente em 2004, ou seja, 65 anos após a publicação dessa obra, a NASA apresentou as primeiras provas químicas e geológicas diretas da existência de água no passado. Porém, em 31 de julho de 2008, com a sonda Phoenix, o cientista William Boynton, da Universidade do Arizona, declarou “que eles tinham evidência de gelo nas observações da sonda Mars Express, mas essa é a primeira vez que a água em Marte é tocada”.

Se para “tocar” coisas materiais, a ciência humana levou mais de 60 anos para confirmar a mensagem mediúnica, o que dirá para “tocar coisas da dimensão espiritual”, no caso, as Colônias Espirituais, como também chegar à conclusão de que a alma existe e que ela reencarna várias vezes. Vamos esperar muitos séculos, naturalmente.

Por último, é preciso lembrar que Allan Kardec, em A Gênese, ao tratar dos “Caracteres da Revelação Espírita”, esclarece: “A revelação Espírita, por sua natureza, tem uma dupla característica: é ao mesmo tempo uma revelação Divina e uma revelação científica”. 
Portanto, o ônus da prova das revelações feitas pelo Espiritismo cabe à ciência humana, e não a ele.

GERSON SIMÕES MONTEIRO
O consolador
gerson@radioriodejaneiro.am.br

MÉDIUNS VIDENTES

Aparições acidentais e espontâneas

São frequentes, sobretudo no momento da morte das pessoas que aquele que vê amou ou conheceu e que o vêm prevenir de que já não são deste mundo. Há inúmeros exemplos de fatos deste gênero, sem falar das visões durante o sono. Doutras vezes, são, do mesmo modo, parentes, ou amigos que, conquanto mortos há mais ou menos tempo, aparecem, ou para avisar de um perigo, ou para dar um conselho, ou, ainda, para pedir um serviço.

O serviço que o Espírito pode solicitar é, em geral, a execução de uma coisa que lhe não foi possível fazer em vida, ou o auxílio das preces. Estas aparições constituem fatos isolados, que apresentam sempre um caráter individual e pessoal, e não efeito de uma faculdade propriamente dita. A faculdade consiste na possibilidade, senão permanente, pelo menos muito freqüente de ver qualquer Espírito que se apresente, ainda que seja absolutamente estranho ao vidente. A posse desta faculdade é o que constitui, propriamente falando, o médium vidente.

Faculdade propriamente dita de ver os Espíritos

Entre esses médiuns, alguns há que só vêem os Espíritos evocados e cuja descrição podem fazer com exatidão minuciosa. Descrevem-lhes, com as menores particularidades, os gestos, a expressão da fisionomia, os traços do semblante, as vestes e, até, os sentimentos de que parecem animados. Outros há em quem a faculdade da vidência é ainda mais ampla: vêem toda a população espírita ambiente, a se mover em todos os sentidos, cuidando, poder-se-ia dizer, de seus afazeres.

Desenvolvimento Mediúnico

A faculdade de ver os Espíritos pode, sem dúvida, desenvolver-se, mas é uma das de que convém esperar o desenvolvimento natural, sem o provocar, em não se querendo ser joguete da própria imaginação. Quando o gérmen de uma faculdade existe, ela se manifesta de si mesma. Em princípio, devemos contentar-nos com as que Deus nos outorgou, sem procurarmos o impossível, por isso que, pretendendo ter muito, corremos o risco de perder o que possuímos.

Quando dissemos serem frequentes os casos de aparições espontâneas, não quisemos dizer que são muito comuns. Quanto aos médiuns videntes, propriamente ditos, ainda são mais raros e há muito que desconfiar dos que se inculcam possuidores dessa faculdade. E prudente não se lhes dar crédito, senão diante de provas positivas.

Não aludimos sequer aos que se dão à ilusão ridícula de ver os Espíritos glóbulos; falamos apenas dos que dizem ver os Espíritos de modo racional. E fora de dúvida que algumas pessoas podem enganar-se de boa-fé, porém, outras podem também simular esta faculdade por amor-próprio, ou por interesse. Neste caso, é preciso, muito especialmente, levarem conta o caráter, a moralidade e a sinceridade habituais; todavia, nas particularidades, sobretudo, é que se encontram meios de mais segura verificação, porquanto algumas há que não podem deixar suspeita, como, por exemplo, a exatidão no retratar Espíritos que o médium jamais conheceu quando encamados.

Clarividência 
É a faculdade mediúnica de ver com detalhes não apenas os espíritos mas cenas do plano espiritual. A percepção, via clarividência, é mais aprofundada. A pessoa entra em transe, permanecendo, mesmo que por breve tempo, em estado sonambúlico.

Espíritos glóbulos
Às considerações precedentes acrescentaremos o exame de alguns efeitos de ótica, que deram lugar ao singular sistema dos Espíritos glóbulos. Nem sempre é absoluta a limpidez do ar e ocasiões há em que são perfeitamente visíveis as correntes das moléculas aeriformes e a agitação em que as põe o calor. Algumas pessoas tomaram isto por aglomerações de Espíritos a se agitarem no espaço. Basta se cite esta opinião, para que ela fique desde logo refutada. Há, porém, outra espécie de ilusão não menos estranha, contra a qual bom é também se esteja precavido. 
O humor aquoso do olho apresenta pontos quase imperceptíveis, que hão perdido alguma coisa da sua natural transparência. Esses pontos são como corpos opacos em suspensão no líquido, cujos movimentos eles acompanham. Produzem no ar ambiente e a distância, por efeito do aumento e da refração, a aparência de pequenos discos, cujos diâmetros variam de um a dez milímetros e que parecem nadar na atmosfera. Pessoas conhecemos que tomaram esses discos por Espíritos que as seguiam e acompanhavam a toda parte. Essas pessoas, no seu entusiasmo, tomavam como figuras os matizes da irisação, o que é quase tão racional como ver uma figura na Lua. Uma simples observação, fornecida por essas pessoas mesmo, as reconduzirá ao terreno da realidade.
Os aludidos discos ou medalhões, dizem elas, não só as acompanham, como lhes seguem todos os movimentos, vão para a direita, para a esquerda, para cima, para baixo, ou param, conforme o movimento que elas fazem com a cabeça. Isto nada tem de surpreendente. Uma vez que a sede da aparência é no globo ocular, tem ela que acompanhar todos os movimentos do olho. Se fossem Espíritos, forçoso seria convir em estarem eles adstritos a um papel por demais mecânico para seres inteligentes e livres, papel bem fastidioso, mesmo para Espíritos inferiores e, pois, com mais forte razão, incompatível com a ideia que fazemos dos Espíritos superiores.
Verdade é que alguns tomam por maus Espíritos os pontos escuros ou moscas amauróticas esses discos, do mesmo modo que as manchas negras, têm um movimento ondulatório, cuja amplitude não vai além da de um certo ângulo, concorrendo para a ilusão a circunstância de não acompanharem bruscamente os movimentos da linha visual. Bem simples é a razão desse fato. Os pontos opacos do humor aquoso, causa primária do fenômeno, se acham, conforme dissemos, como que em suspensão e tendem sempre a descer. Quando sobem, é que são solicitados pelo movimento dos olhos, de baixo para cima; chegados, porém, a certa altura, se o olho se torna fixo, nota-se que os discos descem por si mesmos e depois se imobilizam. Extrema é a mobilidade deles, porquanto basta um movimento imperceptível do olho para fazê-los mudar de direção e percorrer rapidamente toda a amplitude do arco, no espaço em que se produz a imagem. Enquanto não se provar que uma imagem tem movimento próprio, espontâneo e inteligente, ninguém poderá enxergar no fato de que tratamos mais do que um simples fenômeno ótico ou fisiológico.
O mesmo se dá com as centelhas que se produzem algumas vezes em feixes mais ou menos compactos, pela contração do músculo do olho, e são devidas, provavelmente, à eletricidade fosforescente da íris, pois que são geralmente adstritas à circunferência do disco desse órgão.
Tais ilusões não podem provir senão de uma observação incompleta. Quem quer que tenha estudado a natureza dos Espíritos, por todos os meios que a ciência prática faculta, compreenderá tudo o que elas têm de pueril. Do mesmo modo que combatemos as aventurosas teorias com que se atacam as manifestações, quando essas teorias assentam na ignorância dos fatos, também devemos procurar destruir as ideias falsas, que indicam mais entusiasmo do que reflexão e que, por isso mesmo, mais dano do que bem causam, com relação aos incrédulos, já de si tão dispostos a buscar o lado ridículo.

A era do espírito
http://www.aeradoespirito.net/AutoajudaMS/IND_AUTOAJUDA_MS.html

PERDOA-TE

A palavra evangélica adverte que se deve ser indulgente para com as faltas alheias e severo em relação às próprias.

Somente com uma atitude vigilante e austera no dia-a-dia o homem consegue a auto-realização.

Compreendendo que a existência carnal é uma experiência iluminativa, é muito natural que diversas aprendizagens ocorram através de insucessos que se transformam em êxitos, após repetidas, face aos processos que engendram.

A tolerância, desse modo, para com as faltas alheias, não pode ser descartada no clima de convivência humana e social.

Sem que te acomodes à própria fraqueza, usa também de indulgência para contigo.

Não fiques remoendo o acontecimento no qual malograste, nem revitalizes o erro através de sua incessante recordação.

Descobrindo-te em gravame, reconsidera a situação, examinando com serenidade o que aconteceu e regulariza a ocorrência.

És discípulo da vida em constante crescimento.

Cada degrau conquistado se torna patamar para novo logro.

Se te contentas, estacionando, perdes oportunidades excelentes de libertação.

Se te deprimes e te amarguras porque erraste, igualmente atrasas a marcha.

Aceitando os teus limites e perdoando-te os erros, mais facilmente treinarás o perdão em referência aos demais.

Quando acertes, avança, eliminando receios.

Quando erres, perdoa-te e arrebenta as algemas com a retaguarda, prosseguindo.

O homem que ama, a si mesmo se ama, tolerando-se e estimulando-se a novos e constantes cometimentos, cada vez mais amplos e audaciosos no bem.

Joanna de Ângelis – psicografia de Divaldo Pereira Franco